06 de dezembro de 2022

Espaço para pesquisa no Memorial do TJRN estará disponível em fevereiro de 2023, Biblioteca ganha maior funcionalidade


O Memorial da Justiça Potiguar Desembargador Vicente Lemos está de cara nova. A partir de fevereiro, logo após o recesso do Poder Judiciário do RN, será aberto o espaço térreo do prédio situado por trás da antiga sede do TJRN, na Rua Padre Manoel, bairro Cidade Alta. Essa unidade de pesquisa histórica funcionará no horário das 9h às 15h e será aberta ao público interno e externo. O espaço do memorial foi dividido em duas partes, tendo o primeiro piso de sua área destinada à pesquisa.


“Neste local, instalamos o acervo organizado por livros, periódicos, diários e materiais históricos, cabines de estudo e de pesquisa, e o mobiliário antigo, que foi do Pleno da sede antiga [da Praça Sete de Setembro], além de um setor para atendimento desse tipo de demanda”, explica a servidora Adriana Carla, chefe da Biblioteca e da Gestão Documental do PJRN. Esta reestruturação durou nove meses.

Para a especialista e servidora do Tribunal de Justiça, a importância de preservar a memória do Poder Judiciário é ofertar às gerações futuras a história da sociedade, fatos sociais, políticos e litígios jurídicos entrelaçados com a construção social e política. “Dessa forma, a preservação da história e memória do Judiciário trará sempre o resgate de fatos sociais, políticos e jurídicos da sociedade ao longo do tempo”, observa.
 


Segundo piso
 
Na parte superior do prédio será incorporada a Expo 130, exposição alusiva aos 130 anos de atividades do TJRN, atualmente instalada na entrada da sede própria do TJ, no bairro de Nazaré. “Vai se tornar exposição permanente do Judiciário norte-rio-grandense, e que depois vai incorporar os acervos e passar por um processamento técnico e de catalogação de seus acervos existentes, de análise documental”, destaca a servidora. A transferência da Expo 130 será realizada em 12 de dezembro.


“Com isso, haverá claramente uma interface de catalogação e de tratamento técnico que vai passar pelo tratamento de profissionais de Arquivologia, Biblioteconomia e de História. Essa parte vai demorar mais um pouco para abrir para a sociedade, pois precisa ser reorganizada com o objetivo de permitir a apresentação à sociedade”, ressalta. Originalmente, o prédio do Memorial foi construído em 1911, seguindo as linhas arquitetônicas do estilo art nouveau.

Biblioteca: mais facilidade para atender as demandas do público interno

Espaço voltado para o estudo, pesquisa e produção de conhecimento, a Biblioteca do TJRN, após passar por um processo de reestruturação é destinada ao uso pelo público interno e as demandas institucionais na sede do TJRN. Está aberta de segunda a sexta, das 9h às 17h. Com a mudança da Biblioteca do TJRN para a sede própria, a unidade está organizada com a separação das obras com caráter antigo, desatualizadas e, ainda, por obras para consulta dentro da atualidade e do foco das matérias jurídicas discutidas no primeiro e no segundo graus de jurisdição.
 
Em relação a documentos e acervos históricos, “identificamos na biblioteca acervos de revistas, periódicos antigos como as primeiras edições das Revistas dos Tribunais, por exemplo; obras raras; Diários da Justiça antigos, os primeiros Diários da Justiça impressos, do Poder Judiciário potiguar, e outras publicações que constituem material de pesquisa e foi incorporado, posteriormente, dentro do espaço físico do Memorial Desembargador Vicente de Lemos”, explica a chefe da Biblioteca e da Gestão Documental do Judiciário potiguar, servidora Adriana Carla da Silva.

“Com isso, a gente tem claramente uma interface do acervo que é cadastrado, catalogado na Biblioteca, com um foco para a pesquisa histórica vinculada ao Memorial e com o resgate de materiais históricos e documentos, tanto judiciais como administrativos, proveniente da gestão documental dos arquivos”, salienta Adriana Carla.
 


E o esforço técnico valeu a pena. “A gente claramente consegue, com isso, a integração de três áreas (biblioteca, arquivo e memorial), integradas em um centro, um espaço de pesquisa que tanto vai servir para o nosso jurisdicionado como para o nosso público interno, formado por servidores, magistrados e colaboradores, como servir para a sociedade em geral”, complementa.
 


A biblioteca do TJRN remonta a década de 1990, embora possua acervos históricos do início do Século 20. Na atual sede do TJRN, ela está sendo reestruturada no ano de 2022 com previsão de ser concluída a sua ambientação em 2023.

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