18 de março de 2022

Unicef: Saúde mental de crianças e adolescentes piorou na pandemia


As crianças e adolescentes poderão sentir o impacto da covid-19 em sua saúde mental e bem-estar por muitos anos. O alerta foi emitido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), no principal relatório da organização. Segundo o The State of the World’s Children 2021; On My Mind: promoting, protecting and caring for children’s mental health (Situação Mundial da Infância 2021: Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças – disponível em inglês), é uma consequência significativa e é apenas a ponta do iceberg. 

Uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup em conjunto com o Unicef chama atenção para a sequela da pandemia de coronavírus e do isolamento social no público menor de idade. Os primeiros dados divulgados apontam que 22% dos adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 24 anos se sentem deprimidos ou têm pouco interesse em fazer as coisas. Além disso, a entidade afirma que subiram os casos de transtornos mentais nesse período. A pediatra do Sistema Hapvida, Dra. Mara Sérvula, relaciona esses efeitos com a importância da escola na vida dos mais jovens. 

”As instituições de ensino têm um papel que vai além apenas da educação formal, ela é responsável também pela saúde mental e física dos pequenos. Mental é quando a gente fala do desenvolvimento de competências socioemocionais, ajuda a desenvolver habilidades cognitivas. Já a física atua diretamente na prevenção de doenças como a obesidade, por exemplo”, explica a médica. De acordo com o levantamento, os prejuízos têm relação com o tempo que ficaram longe dos espaços de convivência. Entre os principais transtornos mentais, estudos apontam que a ansiedade tem sido mais recorrente entre crianças nesse período de pandemia. 

”A criança dá sinais, torna-se menos comunicativa, tende a se isolar, apresenta distúrbios do sono e alimentares. Conversar com os filhos é de extrema importância porque é através do diálogo que conseguimos, muitas vezes, entender o que está se passando com eles”, recomenda a especialista Dra. Mara Sérvula. Qualquer mudança de comportamento deve ser observada.

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