18 de setembro de 2023

TRT-RN lança exposição em homenagem à poetisa potiguar Auta de Souza


O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (RN) vai homenagear a poetisa potiguar, Auta de Souza, com a exposição: “Mulher, negra e nordestina: os encantos da poesia de Auta de Souza”, que será lançada na terça-feira (19), às 10h, no Átrio das Varas do Trabalho de Natal.

A exposição está sendo realizada pelo Comitê de Documentação e Memória e pelo Memorial da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte, com apoio no desenvolvimento visual da Coordenadoria de Comunicação Social do TRT-RN, e faz parte 17ª Primavera de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, de 18 a 24 de Setembro.

Neste ano, a semana vai tratar em todo o Brasil das “Memórias e democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”, ressaltando a importância dos museus na promoção da inclusão social e da diversidade, fundamentais à democracia.

No TRT do Rio Grande do Norte, a mobilização vai durar mais tempo, pois a exposição “Mulher, negra e nordestina: os encantos da poesia de Auta de Souza” ficará no Átrio das Varas do Trabalho de Natal, de 19 a 30/9.

Após a data, a mostra será exibida no Memorial da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte, localizado no 2º andar do prédio administrativo. A exposição também poderá ser vista pela internet no site do Memorial da Justiça do Trabalho da 21ª Região (clique aqui).

Auta Henriqueta de Souza

A poetisa nasceu na cidade de Macaíba (RN), em 1876, e escrevia poemas românticos de influência simbolística. Ainda criança ficou órfã dos pais e, aos 14 anos, foi diagnosticada com tuberculose tendo que parar seus estudos, por um período. Foi professora de catecismo em em sua cidade natal e escreveu versos religiosos.

Aos dezesseis anos, Auta de Souza participava de encontros em uma associação de amigos quando os convidados recitavam poemas de vários autores, como Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Castro Alves, Junqueira Freire e os potiguares Lourival Açucena, Areias Bajão e Segundo Wanderley.

O impedimento do seu namoro com o promotor público João Leopoldo da Silva, que morreu em seguida de tuberculose, foi um dos aspectos marcantes da sua obra, junto com a perda dos pais, a religiosidade e a morte do seu irmão também por tuberculose.

Todas as suas inquietudes foram colocadas na obra da autora intitulada “Horto”, que tem o prefácio assinado pelo poeta Olavo Bilac.

Auta de Souza morreu aos 24 anos, em 1901, vítima da tuberculose. Foi sepultada no cemitério do Alecrim, em Natal, e em 1904 seus restos mortais foram transportados para o jazigo da família, na parede da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Macaíba.

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