STTU sinaliza atendimento aos pleitos do SETURN para priorizar a mobilidade urbana no trânsito de Natal
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana anunciou a viabilidade de duas intervenções no trânsito de Natal com foco em priorizar o transporte coletivo: Uma faixa exclusiva para ônibus na BR-101, entre o viaduto de Ponta Negra e o Complexo do 4º Centenário de Natal e uma operação na Felizardo Moura, no pico da tarde, no sentido Centro/Zona Norte, além de iniciar as tratativas para estudo da tarifa técnica para o sistema diante do dissídio coletivo do setor.
As iniciativas foram apresentadas em reunião com representantes do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de passageiros do Município do Natal (Seturn), na manhã desta quinta-feira (23), na sede da STTU.
A retenção de ônibus que circulam no acesso à ponte de Igapó, no sentido Quintas/Zona Norte, onde o trânsito tem se tornado cada vez mais congestionado, nos horários compreendidos entre 16h e 18h30, em dias úteis, ultrapassa um hora. Em média, são transportados 105 mil passageiros nas 33 linhas que trafegam pela ponte de Igapó. Com a retenção as pessoas retornam para casa com longos atrasos.
Augusto Maranhão Valle e Nilson Queiroga, representantes do Seturn, explicaram a equipe da STTU que Dnit-RN já concordou com a implantação de faixa exclusiva para os serviços de transporte público de passageiros urbano, intermunicipal e interestadual no trecho da BR 101 compreendendo entre o viaduto de acesso a Ponta Negra e viaduto do Quarto Centenário. “Isto para mitigar os recorrentes congestionamentos que têm impactado negativamente a mobilidade urbana em Natal. Trata-se de um trecho de 2,4 km, com um volume de tráfego de 77 mil veículos/dia, dos quais 1.394 são ônibus do transporte público que transportam acima de 90 mil passageiros, por sentido, diariamente (em dias úteis) distribuídos em 81 linhas regulares”, explicou Nilson Queiroga.
Quanto à tarifa, Augusto Maranhão Valle disse que as empresas prestadoras de serviço defendem que a STTU revise a tarifa técnica, especialmente diante dos novos investimentos em ônibus novos e reajuste de salários pleiteados pelos motoristase. “Hoje há um déficit de R$ 0,45 por passageiro. Atualmente a tarifa cobrada ao público é de R$ 4,50, por isso questionamos como a STTU pretende custear este déficit e quanto ficará a tarifa após o dissídio dos motoristas e insumos, como o aumento do preço do veículo novo, levando-se em conta que em maio chegaram 14 novos ônibus e aumento de pneu, por exemplo. Ou seja, a tarifa técnica de R$ 4,95 deve ser revista e a prefeitura deve indicar a fonte de custeio frente ao preço público do serviço (R$ 4,50)”, esclareceu Augusto Maranhão Valle, assessor jurídico do Seturn.
Na sexta-feira, dia 24, às 10h acontece mais uma rodada de negociação entre o SINTRO e SETURN, sob a mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e a greve não está descartada diante do impasse entre as partes a respeito do reajuste salarial e outros benefícios.
