Pequenos negócios respondem por 83% das vagas geradas no RN até novembro de 2022
Os pequenos negócios tiveram o papel determinante para o aumento dos níveis de emprego no Rio Grande do Norte nos 11 primeiros meses do ano passado com abertura de novos postos de trabalho formal. Até novembro, esse segmento foi responsável pela criação de 21.376 novas vagas no estado, volume que é quase oito vezes maior que a quantidade de novas vagas abertas pelas médias e grandes empresas potiguares juntas, cujo total de novos empregos gerados pelas organizações desses portes chegou a apenas 2.550 vagas. Por isso, o saldo acumulado de novos postos de trabalho com carteira assinada no Rio Grande do Norte, contabilizados entre janeiro e novembro de 2022, totaliza 24.276 empregos gerados.
As informações constam na edição deste mês do Mapa do Emprego do RN, uma publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com dados sobre o mercado de trabalho em todas as regiões do estado e sobre onde ocorreram o maior número de contratações e de desligamentos. O informativo se baseia nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de novembro, que foi divulgado na última semana de dezembro pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Apesar do bom desempenho das micro e pequenas empresas potiguares, o saldo de vagas geradas no período ainda é 33% menor que o registrado em intervalo semelhante do ano anterior, quando os pequenos negócios chegaram a gerar 32.308 novas vagas. Até então, as microempresas são as recordistas de criação de novas vagas no RN, sendo responsáveis por abrir mais de 20,2 mil novos empregos formais, enquanto as pequenas empresas abriram outras 1.483 novas vagas até novembro de 2022. As grandes empresas foram as segundas maiores geradoras de novas vagas no RN. Em 11 meses do ano passado, abriram 2.217 novas frentes de trabalho. Já as médias empresas foram responsáveis pela criação de 333 novos empregos acumulados no período.
De acordo com a gerente da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae-RN, Alinne Priscila Dantas, isso acontece porque as empresas de menor porte, mesmo com um número per capita menor de empregados, representam a maior parte das empresas do estado.
“Por serem menores e com maior capilaridade, as micro e pequenas empresas acabam tendo uma dinâmica mais ágil para novas contratações”, explica a gerente.
Segundo o boletim do Sebrae, foram realizadas 15.403 admissões e 13.548 desligamentos de empregados em novembro e, por isso, o Rio Grande do Norte encerrou o décimo primeiro mês do ano com saldo de 1.855 vagas, o terceiro menor do Nordeste, e uma massa de 463,9 mil trabalhadores contratados formalmente.
Em relação às cidades onde foram criadas as novas oportunidades de trabalho no estado em novembro, o Mapa do Emprego revela que Natal registrou a maior quantitativo de novas vagas criadas. Foram abertos na capital potiguar 727 novos postos de trabalho. Parnanirim foi a segunda maior recordista de criação de empregos em junho com um saldo de 373 novas vagas. Mossoró abriu 327 novos empregos, enquanto Areia Branca outras 147 vagas e Serra do Mel 118. Em compensação, as maiores baixas no que se refere a encerramento de frentes de trabalho ocorreram em São Bento do Norte (-159), Jucurutu (-56), Ipanguaçu (-54), Riachuelo (-52) e Lagoa Nova (-47).
