08 de fevereiro de 2023

Mulheres em cargos de gestão são destaque no TRT-RN


A força de trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região é de 738 pessoas, entre homens e mulheres. São 27 magistrados, 26 magistradas, 416 servidores e 269 servidoras, que atuam na capital e interior do RN para a promoção da justiça social e apaziguamento dos conflitos trabalhistas. 

Após 30 anos de instalação, o TRT-RN tem avançado na escolha das mulheres para cargos de gestão. Atualmente, 41,78% das funções e cargos em comissão do tribunal estão sendo ocupados por mulheres. 

“Acho que é uma quebra de paradigmas tanto da atual gestão como também das próprias mulheres, que assumiram esses cargos, de entender que é possível galgar cargos da alta gestão, ao mesmo tempo, identificar e romper barreiras invisíveis que fazem com que a mulher se desestimule a aceitar a ocupação desses cargos”, disse Marcella Alves, juíza auxiliar da Presidência. 

Para Priscila Gatto, primeira secretária-geral da Presidência do TRT-RN, é importante o olhar sensível da administração, que acompanha movimentos feministas, “para que as mulheres tomem essa consciência da importância da valorização dos seus direitos, da conquista dos seus espaços, e que elas se sintam cada vez mais capazes a ocupar o lugar que elas desejarem e assim tiverem competência para assumir”, refletiu. 

Para tratar das questões de diversidade e gênero, o TRT-RN conta com o Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade (CGEquidade), que é presidido pelo desembargador Ronaldo Medeiros.

“A temática nos leva à compreensão de que não se trata apenas de oferecer as mesmas oportunidades para as profissionais do sexo feminino, mas sim de mudar a perspectiva e enxergar o potencial que elas têm de contribuir para uma cultura organizacional mais forte, devendo ser ressaltado que o TRT já adota essa prática há anos”, disse.

Para o desembargador, o papel da liderança feminina é essencial para estabelecer a igualdade de gênero dentro de uma instituição e, portanto, contribuir para a igualdade na sociedade. “Ainda que enfrentem muitos obstáculos para chegarem a uma posição de chefia, as mulheres detêm capacidade técnica e comportamental para lidar bem com as demandas do cargo”, concluiu o magistrado.

Ouvidoria da Mulher

No final do ano passado, o TRT-RN inaugurou a Ouvidoria da Mulher,  um canal para denúncias, reclamações, esclarecimento de dúvidas ou obtenção de informações. O serviço já está disponível para a sociedade.

“O escopo da Ouvidoria da Mulher é atender servidoras e terceirizadas com relação a situações de assédio sexual, moral ou qualquer outra demanda no ambiente sdo trabalho ou familiar, além de advogadas ou partes que tenham sofrido qualquer situação de assédio no âmbito do tribunal”, informou a Ouvidora do TRT-RN, desembargadora Auxiliadora Rodrigues. 

A Ouvidoria da Mulher vai contar também com parcerias para contribuir com o aprimoramento da política judiciária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres, como a Delegacia da Mulher, a Polícia Federal, o Caps, dentre outros. 

“O interesse nosso é de acolhimento e de tentar minimizar danos que até hoje, infelizmente, as mulheres ainda sofrem”, disse a desembargadora.    

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *