25 de abril de 2022

Ministro da Defesa diz que fala de Barroso foi “ofensa grave”


O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, repudiou neste domingo (24.abr.2022) declaração de Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de que as Forças Armadas estão sendo “orientadas” a atacar o processo eleitoral brasileiro em tentativa de “desacreditá-lo”. Afirmou que a iniciativa foi “irresponsável” e “ofensa grave”, além de afetar “a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”.

“O Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”, afirmou Nogueira por meio de nota. Leia a íntegra (541 KB) aqui.

“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro”, completou.

Barroso participou neste domingo do Brazil Summit Europe, evento organizado por alunos da universidade alemã Hertie School. Disse ser preciso estar atento à politização das Forças Armadas e fez referência a um episódio com “intenção intimidatória”, em agosto de 2021.

Tratou-se do desfile de tanques e blindados na Esplanada dos Ministérios no mesmo dia em que o plenário da Câmara dos Deputados votava contra a proposta de adoção de voto impresso auditável. A proposta era defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Eu que fui um crítico severo do regime militar, militante contra a ditadura. Nesses 33 anos de democracia, se teve uma instituição de onde não veio notícia ruim foi as Forças Armadas. Gosto de trabalhar com fatos e de fazer justiça”, disse Barroso.

Mas mencionou ter, como presidente do TSE, convidado os militares a fiscalizar o processo eleitora deste ano. O ministro da Defesa afirmou que as Forças Armadas aceitaram, “republicanamente”, e contribuíram apara “aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral”.

poder360

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