02 de agosto de 2021

CPI volta à cena e quer se aprofundar em investigações de contratos da Saúde


A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado entra em sua “2ª temporada” com a premissa de seguir o dinheiro para tentar desvendar possíveis esquemas de corrupção envolvendo o governo federal.

Além dos casos de vacinas da Covaxin e das negociações do Ministério da Saúde com a Davati Medical Supply, contratos com a empresa de logística VTCLOG também devem entrar na mira do colegiado.

O então diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, aprovou pagamentos à empresa VTCLOG num valor 1.800% mais caro que o recomendado num parecer técnico.

O contrato com a operadora logística previa, inicialmente, pagamentos de R$ 485 milhões até 2023. No entanto, em fevereiro, o valor subiu quase 20%, para R$ 573 milhões, e está sendo pago até hoje. Por isso entrará como uma nova linha de investigação.

A VTCLOG recebe e organiza medicamentos para o ministério. Desde 2019, as partes não entravam num acordo de como deveria ser feito o cálculo da remuneração pelo serviço. Enquanto técnicos da pasta defendiam remuneração de R$ 1 milhão, a empresa afirmava que o contrato garantia o pagamento de R$ 57 milhões. Na ocasião, os pagamentos foram suspensos.

A questão teria sido resolvida com a intervenção de Dias, que aceitou uma contraproposta da empresa. Ficou acertado, então, o pagamento de R$ 18 milhões, que era 60% menor do que pedia a empresa, mas 1.800% maior do que recomendavam os técnicos do ministério.

O 1º depoimento da CPI depois do recesso, na 3ª feira (3.ago.2021), será do reverendo Amilton Gomes de Paula, da ONG Senah, que participou de negociações suspeitas de vacinas com o Ministério da Saúde.

Outra prioridade na lista é o caso Covaxin. Representantes da Precisa Medicamentos devem ser ouvidos nas primeiras semanas depois do retorno.

Poder360

Foto: Sérgio Lima

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