25 de setembro de 2019

Comissão avalia efetividade das políticas públicas para a pessoa com deficiência


A Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Câmara Municipal de Natal vai formar um grupo de trabalho para elaborar um documento com as reivindicações e necessidades das pessoas com deficiência. A intenção é apresentá-las ao prefeito Álvaro Dias. A proposta foi discutida em reunião nesta quarta-feira (25), quando foi apresentado um balanço do que a própria comissão, entidades, ONGs e órgãos públicos estão realizando em termos de políticas públicas.

“Somos um dos estados com maior proporção de pessoas com deficiência e precisamos saber se as políticas públicas estão acompanhando esse crescimento. Por isso, propomos montar um grupo de trabalho, dividido por eixos, para elaborar uma carta de intenções a ser entregue em audiência com o prefeito”, disse a presidente da comissão, vereadora Júlia Arruda (PDT). Os vereadores Divaneide Basílio (PT), Robson Carvalho (PMB) e Nina Souza (PDT) participaram das discussões.

A reunião contou ainda com a participação de representantes das secretarias de Saúde e Educação do Estado e Município e também da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semtas). Foram apresentados programas, equipamentos públicos e ações desenvolvidas pelas pastas. “Temos trabalhado com o objetivo de melhorar o atendimento, com equipamentos como a Residência Inclusiva, em Candelária e o Centro Dia, em Igapó, que atende também às famílias em cursos de qualificação para ocupar a mente, além de parcerias e convênios com entidades filantrópicas que dividem com o poder público essa responsabilidade”, explicou a secretária-adjunta da Semtas, Maria José Medeiros.

Além disso, foram citados postos de saúde, maternidades, policlínicas, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Centros de Atenção Psicossocial, além de programas como o PRAE (Programa de Acessibilidade Porta a Porta) que de acordo com a representante da Secretaria Municipal de Saúde, Tamiris Mendes, trabalham com a atenção especializada. “Estamos com o Plano Municipal de Assistência à Pessoa com Deficiência em construção para que possamos planejar ações integradas”, disse.

Apesar do balanço apresentado pelos órgãos presentes, o resultado ainda está abaixo do esperado, segundo Liliane Monteiro, do Movimento Independente Pró-Autismo (MOVIPAutismo). “Ainda há pouco a se comemorar porque os avanços são muito pequenos em relação à acessibilidade, direitos e leis não cumpridas”, pontuou. Para o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comude), Eduardo Gomes, os desafios para tanto são grandes, mas o debate tem que continuar. “Essa discussão é fundamental para serem construídas essas políticas públicas que contribuam para termos uma cidade que seja acessível em todos os aspectos, muito embora isso pareça longe de acontecer”, concluiu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *