24 de julho de 2021

Vereador pede demissão de secretária por falta de merenda nas escolas de Natal


 Foto: 98FM

Por redação

O vereador de Natal, Klaus Araújo (Solidariedade), criticou o adiamento da volta às aulas presenciais da rede pública da capital por falta de merenda. O parlamentar, que é autor da lei que tornou a atividade escolar serviço essencial na cidade, afirmou que a Secretaria Municipal de Educação (SME) teve tempo hábil para se preparar para o retorno das atividades, e chamou de irresponsabilidade o fato da SME não ter se organizado em relação a merenda escolar. O vereador disse ainda, em entrevista ao programa Repórter 98 desta sexta-feira (22), que os responsáveis pela pasta, que é comandada pela secretária Cristina Diniz, deveriam deixar o cargo.

“Infelizmente a gente se depara mais uma vez com a irresponsabilidade do serviço público, porque você ter 20 meses na pandemia e a Secretaria Municipal de Educação alegar que não teve tempo para se preparar para fazer uma licitação ou aderir a algum tipo de ata, sinceramente, é para mandar entregar os cargos dos dirigentes que estão na Secretaria”, afirmou.

Nesta quinta-feira (22) a Secretaria decidiu adiar em uma semana a volta às aulas presenciais das turmas dos anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental da rede municipal de ensino. O retorno estava programado para acontecer no dia 28 de julho (próxima quarta-feira), mas foi transferido para 4 de agosto. De acordo com a pasta, o adiamento acontece porque não há merenda suficiente para atender todos os estudantes. De acordo com a Secretaria, as atas de compras disponíveis no mercado não contemplam os valores nutricionais e nem o quantitativo suficiente para atender toda a demanda de merenda escolar.

“Chama muita atenção, inclusive vou fazer uma denúncia formal ao Ministério Público porque parece uma conspiração param prejudicar realmente a educação do município”, disse Klaus.

As aulas presenciais nas escolas municipais de Natal foram retomadas no dia 14 de julho. Inicialmente, o ensino foi restabelecido ainda em modelo híbrido (presencial e não-presencial) para crianças da Educação Infantil na etapa da Pré-Escola, na faixa etária de 4 a 5 anos e 11 meses.

“Temos que deixar claro que a culpa não é do professor, não é do porteiro, não é do diretor da escola, porque esses aí estão a mercê da Secretaria que não mandou limpar a escola, não mandou preparar a parte hidráulica, tem escolas que o mato está ‘pegando’ em cima do muro. Como é que vai voltar às aulas?”, questionou.

Veja a entrevista:

98FM

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