19 de janeiro de 2017

Planejamento leva de 8 a 10 dias, diz ministro sobre Forças Armadas no RN


O ministro da Defesa Raul Jungmann disse durante a visita ao Sistema de Monitoramento de Fronteira (Sisfron), em Dourados, região sul de Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (19), que o envio das Forças Armadas ao Rio Grande do Norte, a pedido do governador Robinson Faria, deve ser feito no prazo de até 10 dias. O presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas no policiamento nas ruas de Natal.

“Nós falamos desde o início que precisaríamos de 8 a 10 dias para fazer um planejamento e nós não vamos fazer repressão dentro dos presídios. Não vamos interagir com presos”, afirmou o ministro. Segundo Jungmann, os militares das Forças Armadas não vão interagir com os presos. “O que nós vamos fazer é uma varredura de instalações como já dissermos anteriormente e sem qualquer interação. Este papel é papel da polícia, como está inclusive acontecendo no caso.

Então, reitero, antes do prazo que nos auto impusermos, nenhuma intervenção será feita porque ela exige um planejamento minucioso, inteligência e articulação com as forças de segurança local”, disse. Apesar disso, o ministro disse que o planejamento ainda está sendo desenvolvido. “Assim que nós tivermos o levantamento e as informações precisas sobre pessoal, equipamento precisas, o que deverá acontecer até amanhã”, afirmou Jungmann.

A capital do Rio Grande do Norte tem registrado uma onda de violência nos últimos dias. Ao todo, 21 ônibus, dois micro-ônibus, um carro do governo do estado, um carro da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, três carros da secretaria de Saúde de Caicó (RN) e duas delegacias foram alvo de criminosos.

Além disso, a Penitenciária Estadual de Alcaçuz – maior presídio do estado – tem sido palco de um confronto entre facções que deixou presos mortos e feridos. No último fim de semana, presos do PCC invadiram a área onde ficam os integrantes do Sindicato do RN. No confronto, 26 detentos morreram.

Sisfron
O ministro visitou o Sifron em Dourados, um dia depois de anunciar o investimento de R$ 450 milhões nas fronteiras em 2017. O município sul-mato-grossense, próximo à fronteira do Brasil com o Paraguai, deve ser o primeiro a receber esses investimentos.
O projeto-piloto do Sisfron funciona na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada de Dourados e abrange cerca de 650 quilômetros de fronteiras no estado, que são monitorados por radares fixos e móveis, sensores óticos e câmeras de longo alcance. Mato Grosso do Sul está localizado na fronteira do Brasil o Paraguai e a Bolívia.

O Sisfron está em fase de testes e foi criado para proteger a fronteira do narcotráfico e contrabando. O sistema é composto de radares, veículos, computadores e sistemas de comunicação de última geração. O projeto piloto deve ficar pronto até 2021 e vai abranger mais de 16 mil quilômetros de fronteira no Brasil.

O Sisfron também engloba comunicações táticas e estratégicas, e conta com tropas do exército, caminhões, trens, helicópteros e blindados. O monitoramento de vídeo será feito pelo exército por câmeras e transmitido em tempo real para o centro de comando. O sistema prevê que podem ser usados também câmeras de longo alcance, satélites e veículos não tripulados, que podem filmar e tirar fotos.

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