30 de agosto de 2022

Pequenos negócios geram 62% das vagas abertas em julho no Rio Grande do Norte


 De cada cinco novas vagas de emprego formal abertas no Rio Grande do Norte em julho, pelo menos três dessas oportinidades de emprego foram criadas pelas micro e pequenas empresas potiguares. O segmento foi responsável pela abertura de 61,9% do saldo de emprego com carteira assinada no sétimo mês do ano no estado de um total de 2.458 vagas. Foram 1.521 novos empregos criados pelos pequenos negócios. Apesar de as médias e grandes corporações continuarem com ritmo positivo de geração de novas vagas, no entanto, o volume ainda segue abaixo do que é gerado pelos pequenos negócios e não chega a atenuar o déficit de 39% de vagas perdidas ao longo deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e julho, o estado abriu no total 8.276 novas frentes de trabalho contra 13.610 empregos abertos em igual período de 2021.O setor agropecuário foi o que mais absorveu mão de obra formal no Rio Grande do Norte em julho. Somente o cultivo de melão foi responsável pela criação de 885 novas frentes de trabalho no mês (Foto: Agência Sebrae)

As informações estão na edição de agosto do Mapa do Emprego do RN, uma publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com dados sobre o mercado de trabalho em todas as regiões do estado e sobre onde ocorreram o maior número de contratações e de desligamentos. O informativo se baseia nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho, que foi divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Segundo a análise do Sebrae, foram realizadas 16.978 admissões e 14.520 desligamentos de empregados em julho e, por isso, o Rio Grande do Norte encerrou o sétimo mês do ano com saldo de 2.458 vagas – o sexto maior da região – e uma massa de mais de 447,9 mil trabalhadores contratados formalmente. O saldo de julho, no entanto, é 37% menor que o do mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 3.894 novas oportunidades de emprego no RN. Em relação ao mês anterior, a redução no saldo geral de empregos é de 31%.

As cidades que registraram os maiores volumes de novas vagas foram Natal e Mossoró, que juntas criaram 1.440 novos empregos em julho. Apodi, Baraúna e Upanema também registraram alta com a criação de 226, 224 e 105 novas vagas respectivamente.

Já Alto do Rodrigues teve a maior baixa. Foram perdidas ao todo 120 vagas. O mesmo ocorreu em Pedro Velho, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante e Goianinha, que encerraram, respectivamente, 49, 43, 41 e 38 postos de trabalho em julho.

De acordo com o levantamento do Sebrae, o setor que mais contribuiu para a geração de emprego no estado em julho foi o da agropecuária, que abriu 845 novas vagas, com destaque para o cultivo de melão, atividade que sozinha empregou no período 885 novos trabalhadores. O segundo setor que mais empregou foi o do comércio, sobretudo as empresas de produtos alimentícios, responsável por 555 novas contratações.

A indústria também teve abertura de 495 vagas, 185 delas nas atividades de apoio à exploração de petróleo e gás natural. A construção civil abriu 285 novas vagas, sendo que a maior empregadora do mês nessa área foi a edificação de prédios (325 vagas) e a que mais demitiu foi a atividade de construção de redes de energia (-96 vagas). Diferente de meses anteriores, quando ocupava as primeiras posições na geração de emprego, o setor de serviços foi o quinto no ranking de geração, com 278 novas vagas criadas em 30 dias, oportunidades abertas principalmente na locação de mão de obra temporária (214 vagas).

O bom desempenho dos pequenos

Desde o início do ano, as micro e pequenas empresas vêm segurando os níveis positivos de emprego no Rio Grande do Norte. Em fevereiro, essas empresas criaram 2.141 novas vagas e, no mês seguinte, outras 826. Em abriu, o volume subiu para 1.728 novos empregos, o maior número registrado no ano. Em maio, esse quantitativo reduziu e ficou em 2.275 vagas e, em junho, outras 2.277 novas vagas. Com esse resultado de julho, o segmento dos pequenos negócios acumula 10.753 contratações adicionais em 2022. Apesar de volumoso, o somatório ainda é 40% inferior ao que foi criado no ano anterior, quando os pequenos negócios somaram a geração de 17.942 vagas entre os meses de janeiro e julho.

A evolução do índice de geração de novos empregos nas empresas de maiores portes no estado em 2022 ainda segue no vermelho. Entre as médias empresas, a quantidade de novas frentes abertas só ficou positiva a partir de maio e, por isso, as empresas desse porte no RN acumulam um déficit de 883 vagas, o que é 77% menor que as perdas registradas nos primeiros sete meses do ano passado, quando foram perdidas 3.788 vagas.

Já entre as grandes organizações, ocorre o inverso. A quantidade de postos de trabalho fechados por essas empresas entre janeiro e julho é 103% maior que no mesmo intervalo de 2021. Foram 1.601 empregos finalizados ao longo deste ano, contra apenas 790 no mesmo período do ano passado. Devido a essa oscilação, verificada entre as médias e grandes empresas, o saldo acumulado de empregos formais no Rio Grande do Norte é 39% menor que o de 2021. Até julho, o estado possui um volume de 8.276 vagas geradas, enquanto, no acumulado do ano passado, esse patamar era de 13.610 vagas criadas no mesmo intervalo de tempo.

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