Pequenos negócios acumulam até julho a geração de 11,6 mil vagas de emprego no RN
O mercado de trabalho formal do Rio Grande do Norte encerrou julho com um saldo de 3.531 empregos criados, número que é 28% maior que o registrado em julho do ano passado e 39% superior ao saldo do mês anterior. Empresas de todos os portes realizaram novas admissões de trabalhadores com carteira assinada. Os pequenos negócios responderam por 1.939 vagas do saldo total do mês. Já as grandes corporações abriram outros 1.556 novos empregos.
Isso é o que indica a edição de julho do Mapa do Emprego do RN, publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, que é baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Divulgada nesta quarta-feira (30), esta edição do informativo aborda os números do mercado de trabalho formal em julho e a quantidade de vagas acumuladas até o sétimo mês do ano no RN.
Esse crescimento do saldo de emprego em julho contribuiu para ampliar o volume de postos de trabalho abertos pelos pequenos negócios do estado. Entre janeiro e julho, essas empresas criaram 11.626 novas vagas – 1.021 empregos a menos que o acumulado no mesmo período de 2022.
Enquanto as grandes empresas abriram 508 novos postos de trabalho ao longo desse intervalo, as médias respondem até agora pelo fechamento de 2.609 vagas, que, até o sétimo mês de 2023, ainda não foram recuperadas. Assim, o volume acumulado de empregos abertos no Rio Grande do Norte neste ano chega a 9.525 postos. Esse quantitativo é 5% menor que o volume de vagas abertas até o sétimo mês de 2022.
Desempenho do campo
O saldo de empregos em julho levou o estoque de 467.859 trabalhadores contratados formalmente e é resultado de 18.950 admissões contra 15.419 desligamentos – o que corresponde a 3.531 novos empregos criados. Essa quantidade é o segundo melhor volume de vagas abertas para o mês de julho desde 2020, atrás apenas de 2021, quando o resultado foi melhor em função do saldo de 3.902 empregos criados.
A maioria dessas oportunidades em julho deste ano foi gerada no campo. O setor agropecuário abriu 1.373 novas frentes de trabalho, principalmente no cultivo de melão, que contratou uma mão-de-obra da ordem de 981 empregados.
O ramo industrial foi o segundo a gerar mais vagas no mês – 889 vagas no total, sobretudo pela indústria sucroalcooleira -, seguido do setor de serviços, que abriu em julho 642 novas oportunidades de trabalho. A construção civil continua em ritmo de contratações e gerou 355 vagas adicionais, sendo 166 delas diretamente na área construção de prédios e edifícios. O comércio foi o setor que teve o menor desempenho no mês, com um saldo de 272.
Mais oportunidades no Oeste
Se as atividades rurais foram responsáveis pela maioria das vagas criadas em julho, logo os empregos abertos no mês se concentraram em cidades do interior do estado. Pela primeira vez, desde o lançamento desse formato do informativo do Sebrae-RN, o munícipio de Natal não aparece no Mapa do Emprego do RN, que faz um ranking de distribuição das vagas geradas e encerradas por município.
O boletim confirma que foi na região Oeste onde surgiram mais oportunidades de trabalho no sétimo mês do ano. E Mossoró registrou o maior número de vagas abertas, com 1.291 empregos criados na cidade. No entorno, Apodi e Baraúna acrescentaram outras 286 vagas e 199 vagas, respectivamente, impulsionadas notadamente pelo plantio do melão. O município com o segundo melhor volume de empregos criados foi Arez, onde se concentra a atividade sucroalcooleira do RN, com um saldo positivo de 632, seguido de Assú com 205 postos de trabalho abertos.
Na outra ponta, o município com maior número de vagas perdidas foi Passagem, localizado na região Agreste potiguar. A cidade encerrou em julho 90 vagas. Serra do Mel fechou outros 78 postos de trabalho. As demais perdas não ultrapassaram a faixa das 40 vagas e, assim, Espírito Santo (-37 vagas), Pedro Velho (-33 vagas) e Areia Branca (-32 vagas) tiveram saldos de emprego negativos no mês.
