20 de agosto de 2015

Para MPRN servidores tinham amplo controle da Folha de Pessoal


O MPRN afirma ter ocorrido um esquema montado no âmbito da ALRN por associação criminosa formada por alguns servidores com auxílio de um gerente do Banco Santander para desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. “De modo simples e com total controle do grupo de investigados os nomes das pessoas que seriam beneficiadas eram inseridas na folha de pagamento. Em muitos dos casos sem que tivesse as nomeações destas pessoas”, disse Keiviany Sena.

A Promotora Keiviany Sena informou que não se sabe ainda se esses servidores eram beneficiados, sabiam do esquema ou apenas foram inseridos na folha de pagamento do Poder Legislativo do RN. “O esquema era rudimentar, boa parte dos pagamentos aconteciam a pessoas inseridas na folha sem qualquer ato, nomeação e nem lotação. O próximo passo da investigação é analisar todo o material apreendido. Todos serão ouvidos”, explicou a promotora. Na manhã desta quinta-feira um caminhão com documentos foi recolhido pelo MPRN dos setores onde os servidores eram lotados na ALRN.

Impressionada com o controle das ações do grupo Keiviany Sena descreveu o seguinte organograma: “A procuradora-geral Rita das Mercês Reinaldo capitaneava os nomes e documentos de familiares, parentes, amigos e até ex-funcionários para serem inseridos na folha; Marlúcia Maciel Ramos de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Administração e Pagamento de Pessoal (NAPP) e o servidor público da Casa, Rodrigo Marinho Nogueira Fernandes, implantavam os nomes no sistema e Oswaldo Ananias Pereira Júnior , gerente-geral da agência do Banco Santander, que funciona dentro da própria ALRN, efetuava os pagamentos. Um processo simples e de controle do grupo”, disse a promotora.

Keiviany Sena disse que foi feito um recorte para investigar o “modus operandi” semelhante ao pagamento de salários do caso que ficou conhecido como o da máfia dos Gafanhotos, que culminou com a prisão do ex-vice-governador do RN, Fernando Freire, que foi denunciado pelo MPRN de pagar salários a funcionários fantasmas.

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