08 de novembro de 2022

Exportações potiguares aumentam em outubro e chegam a acumular alta de 58,2%


O aumento das exportações de sal marinho a granel, com remessas de mais de um bilhão de toneladas do produto para o mercado internacional, sobretudo para os Estados Unidos e a Nigéria, e de melões frescos contribuiu para que as exportações do Rio Grande do Norte encerrassem o mês de outubro com um volume de US$ 76,3 milhões. Isso representa um crescimento de 55,2% em relação a setembro. No décimo mês do ano, as importações tiveram um aumento de 5% em comparação com o mês anterior e fecharam com um volume de US$ 37,7 milhões, o que resultou em um saldo positivo da balança comercial potiguar de US$ 38,5 milhões em outubro. O estado já acumula no ano um superávit de US$ 289,7 milhões. Somente em exportações, o total acumulado chega a US$ 637,1 milhões.

As informações foram divulgadas, nesta segunda-feira (7), pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, com a publicação da edição de outubro do Boletim da Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica da instituição com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.

As exportações de outubro alcançaram a segunda melhor marca histórica para o mês nos últimos cinco anos com o volume de US$ 76,3 milhões, número que só é inferior ao do mesmo período do ano passado, quando as exportações do RN chegaram a aproximadamente US$ 96,6 milhões. Esse bom desempenho no envio de mercadorias para o exterior representa um aumento de 55,2% na comparação com setembro e, por outro lado, uma redução de 21% em relação a outubro de 2021.

O sal marinho foi o principal responsável pelo bom resultado. As remessas subiram quase 15 vezes mais de um mês para o outro, com a comercialização saltando de US$ 1,3 milhões, em setembro, para US$ 20,2 milhões no último mês.

Em ritmo bem mais modesto, as exportações de melões também registraram crescimento em outubro, impulsionado pelo período de safra, que começa em agosto e vai até janeiro, posicionando-se como o segundo item mais exportado. Foram enviadas mais de 24,7 mil toneladas da fruta para o exterior, notadamente para os Países Baixos e Espanha, o que resultou num volume de US$ 16,7 milhões comercializados. Em setembro, as exportações de melão não chegaram a ultrapassar o patamar de US$ 10 milhões.Exprtações de sal marinho cresceram em outubro e atingiram um volume de US$ 20,2 milhões (Foto: Canindé Soares)

As melancias se mantiveram na terceira posição do ranking de exortações do estado com um volume de US$ 7,7 milhões exportados. Já o óleo de petróleo combustível (fuel oil) finalizou o décimo mês do ano com US$ 7,3 milhões exportados, quase US$ 10 milhões a menos que em setembro. O açúcar apareceu pela primeira vez no ano na lista dos cinco produtos mais exportados. Foram exportadas cerca de 12,4 mil toneladas do derivado da cana de açúcar, principalmente para Mauritânia, o que gerou um volume comercializado de US$ 6,7 milhões.

No que se refere às importações, o estado registrou um aumento de 5% nas aquisições de mercadorias entre setembro e o mês passado, encerrando com um volume de US$ 37,7 milhões, o que representa uma alta de 5,3% em relação a outubro do ano passado. A indústria de energia solar no estado segue aquecida e o principal componente do setor, as células dos painéis fotovoltaicos, passaram a ocupar a primeira posição entre os itens mais importados, com um total de cerca de US$ 14,7 milhões negociados em outubro. É o segundo mês consecutivo que equipamentos base para o setor industrial energético, vindos da China e da Índia, aparecem no topo das importações do Rio Grande do Norte. Em setembro, partes dos motores de aerogeradores foram os produtos mais adquiridos, seguindo dos módulos solares.

As importações das misturas de trigo com centeio registraram mudanças dos países vendedores. Tradicionalmente, a Argentina vem sendo o maior fornecedor dessas mercadorias, entretanto, no mês passado, as importações tiveram origens diferentes com aquisições no Uruguai, Rússia e Estados Unidos que, juntas, somaram mais de 28 mil toneladas, operações equivalentes ao total de quase US$ 11 milhões. As caixas de papelão ondulado foram o terceiro item mais importado no décimo mês de 2022 (US$ 1,2 milhões), seguidas do queijo mussarela fresco (US$ 579,6 mil) e de partes de motores e aerogeradores (US$ 485,2 mil), vindos da Argentina e da China, respectivamente.

Exportações recordes e superávit de US$ 289,7 milhões

Com o desempenho positivo no comércio exterior, a balança comercial do Rio Grande do Norte acumula no ano um superávit de US$ 289,7 milhões e uma corrente de comércio da ordem de US$ 984,5 milhões entre janeiro e outubro. O bom resultado no décimo mês de 2022 puxou ainda mais para cima o volume das exportações potiguares acumuladas no ano. Entre janeiro e outubro, o volume total é de US$ 637,1 milhões. Esse valor é 58,2% maior que o acumulado no mesmo intervalo de 2021 e o melhor já registrado para o período desde 2018.

Esse recorde é basicamente fruto da introdução do derivado de petróleo na pauta de exportação do estado. Nos dez primeiros meses do ano, o RN já exportou mais de 403,5 milhões de litros do óleo combustível. Isso representa um volume de US$ 330,1 milhões advindos com a comercialização do hidrocarboneto. Os melões têm também responsabilidade nessa marca histórica, já que ocupam o segundo lugar no rol das mercadorias do RN com maior volume de exportação nesses dez meses. Foram negociados com a fruta mais de US$ 62,1 milhões neste ano. O sal vem em seguida com um total de US$ 37,6 milhões já exportados.

O volume acumulado das importações nesses dez meses de 2022 também é o melhor dos últimos cinco anos. Já são mais de US$ 347,4 milhões em produtos comprados no mercado internacional. Até então, as importações não haviam superado a faixa dos US$ 300 milhões contabilizados ao longo de dez meses. As importações de trigos e misturas com centeio já somam 210 mil toneladas e um total de US$ 76,7 milhões. As células fotovoltaicas outros US$ 42,1 milhões e os aerogeradores mais US$ 38,9 milhões.

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