24 de maio de 2016

Cúpula Mundial Humanitária da ONU propõe “Agenda pela Humanidade”


O mundo atravessa um momento crítico. Testemunha-se o maior nível de sofrimento humano desde a Segunda Guerra Mundial. Em vista desse cenário, pela primeira vez em 70 anos de história das Nações Unidas, o secretário-geral da ONU convoca uma Cúpula Mundial Humanitária.

A proposta é estimular uma ação global imediata para por fim ao sofrimento de milhões de mulheres, homens e crianças afetados por conflitos e desastres.

Em 2016, mais de 125 milhões de mulheres, homens e crianças em todo o mundo necessitam de assistência humanitária. Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, tantos foram forçados a deixar seus lares: mais de 60 milhões de pessoas, metade delas crianças.

O custo humano e econômico de desastres tem aumentado, e os impactos da mudança do clima se tornam mais profundos. A previsão é de que desastres serão mais frequentes e graves.

A Cúpula Mundial Humanitária em Istambul, entre 23 e 24 de maio, pretender ser o marco de uma grande mudança na maneira como a comunidade internacional previne o sofrimento humano ao preparar-se para responder a crises.

Na cúpula, líderes mundias devem assumir responsabilidades com a população mundial, ao se comprometerem com levar adiante a Agenda pela Humanidade, proposta pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que traça uma rota para a mudança.

Nova Agenda pela Humanidade

O chamado do secretário-geral baseia-se em um processo de três anos de consulta, que alcançou mais de 23 mil pessoas em 153 países.

O resultado é o convite a líderes mundiais de todos setores do governo e da sociedade para apoiar cinco responsabilidades cruciais: (1) Prevenir e por fim a conflitos; (2) Respeitar regras de guerra; (3) Não deixar ninguém para trás; (4) Trabalhar de diferentes formas para eliminar carências; e (5) Investir na Humanidade. Acesse na íntegra clicando aqui. Outros documentos, clique aqui.

A Agenda pela Humanidade dispõe as ações-chave necessárias para dar resposta às cinco responsabilidades essenciais. Para as Nações Unidas, garanti-las é um imperativo moral e uma necessidade estratégica para confrontar os atuais desafios globais.

Em 2015, líderes mundiais demonstraram que é possível unir-se e enfrentar desafios globais. Eles entraram em acordo sobre novas estruturas para a redução de risco de desastres e sobre o financiamento do desenvolvimento ao adotar os históricos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e chegaram a um acordo sobre o clima.

Em 2016, o desafio é aproveitar esse momento e agir de forma a garantir que ninguém seja deixado para trás. Na Cúpula Mundial Humanitária, o secretário-geral convocará líderes globais e locais a comprometerem-se com uma ação coletiva e com a Agenda pela Humanidade.

Para as Nações Unidas, todos têm seu papel para assegurar essa Agenda. Por isso, a Cúpula reunirá líderes de governos, empresas, organizações internacionais e regionais, organizações humanitárias, redes comunitárias, academia e sociedade civil.

Trabalhando em parceria, é possível realizar importante mudança na maneira como a comunidade global previne o sofrimento humano, ao preparar-se e reagir a crises, assim como garantir que a Cúpula seja um ponto de partida para que se coloque o fator humano – a segurança das pessoas, a dignidade e o direito de prosperar – no coração das decisões globais.

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