22 de maio de 2022

Cientistas tentam criar vacinas mais duradouras contra a Covid-19


À medida que ondas de novas variantes do coronavírus circulam pelo mundo, uma coisa ficou clara: a imunidade humana contra o vírus desaparece com o tempo.

Para manter uma proteção durável contra o vírus que causa a Covid-19, os cientistas estão trabalhando dia e noite para desenvolver uma próxima geração de vacinas. Mas algumas das nuances sobre por que e como a imunidade contra a Covid-19 desaparece permanecem um mistério.

As quedas mais acentuadas na imunidade — que ocorrem cerca de quatro a cinco meses após a vacinação e em até oito meses após a infecção, mas que podem variar – vão contra os sintomas da Covid-19 de contrair infecções e adoecer.

A proteção contra infecções graves, hospitalização e morte permanece muito maior por um longo período de tempo, mas mesmo isso diminui em algum grau, especialmente para os idosos e aqueles com função imunológica comprometida.

Desde os primeiros dias da pandemia, os cientistas sabem que o coronavírus carrega uma estrutura chamada proteína spike e usa essa “coroa de espinhos” para entrar nas células que ataca. Nossas vacinas contra a Covid-19 criam anticorpos para essas proteínas spike que se atam nos locais de ancoragem do vírus, impedindo-os de infectar nossas células.

No entanto, nossa rede de segurança contra o vírus está se esgotando, em parte porque o vírus está mudando como um fugitivo vestindo um disfarce – pegando mutações que mudam a forma de seus espinhos de maneiras que os tornam menos reconhecíveis pelo nosso sistema imunológico.

Mas há outra peça do quebra-cabeça da imunidade que os cientistas estão tentando resolver com urgência, que é se parte dessa queda em nossa proteção pode ser resultado da tecnologia de mRNA usada para construir algumas vacinas contra a Covid-19, como as desenvolvidas pela Moderna e a Pfizer/BioNTech, que foram as primeiras no mundo a utilizar esta plataforma.

“Algumas plataformas de vacinas oferecem um alto grau de proteção, mas a durabilidade não é muito longa”, disse Anthony Fauci, diretor dos Institutos Nacionais de Alergia e Doenças Infecciosas em entrevista à CNN.

Fauci disse que a plataforma de mRNA pode ser uma delas. Em ensaios clínicos, as novas vacinas de mRNA provaram ser surpreendentemente boas para proteger as pessoas contra doenças, hospitalizações e mortes, pelo menos a curto prazo. Fauci disse que as vacinas de mRNA também têm outras vantagens. É relativamente rápido e fácil redesenhá-las para melhor proteção contra novas variantes, por exemplo.

“Conseguimos uma plataforma realmente ótima com o mRNA”, disse Fauci. “Mas vamos tentar melhorar. Porque nossa experiência, talvez seja peculiar ao coronavírus, mas duvido, é que a durabilidade da resposta pode ser melhor”.

CNN Brasil

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