08 de outubro de 2021

Moraes manda PF ouvir Bolsonaro sobre suposta interferência em até 30 dias


Foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou hoje que a Polícia Federal colha o depoimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em até 30 dias, no âmbito do inquérito que apura se ele tentou interferir politicamente na instituição. Motivada por denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, a investigação corre desde abril de 2020 e já foi prorrogada várias vezes, a última em julho deste ano.

“Determino, ainda, à Polícia Federal que proceda, mediante comparecimento pessoal e prévio ajuste de local, dia e hora, a oitiva do presidente Jair Messias Bolsonaro, no prazo máximo de 30 (trinta) dias”, escreveu Moraes, relator do processo, no despacho.

Ontem, o STF julgaria um pedido de Bolsonaro para fazer o depoimento por escrito, mas o caso nem chegou a ser apreciado, uma vez que o próprio presidente, por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), informou que desejava depor de forma presencial à PF.

O advogado-geral da União, Bruno Bianco, pediu apenas que Bolsonaro possa escolher local e data para prestar os esclarecimentos à PF. Segundo o documento enviado ao STF, o presidente se ofereceu para o depoimento presencial “no intuito da plena colaboração com a jurisdição dessa Suprema Corte”.

Em setembro de 2020, o ex-ministro Celso de Mello já havia determinado que o depoimento fosse coletado presencialmente pela PF. Dois meses depois, porém, Bolsonaro disse ao STF que “declinava do meio de defesa”. A indefinição travou o inquérito por quase um ano.

Estadão

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