02 de setembro de 2021

Marconny Faria não aparece e comissão pede condução coercitiva


CPI da Pandemia esperava receber, nesta quinta-feira (2), o suposto “lobista” Marconny Faria, suspeito de tentar privilegiar a Precisa Medicamentos junto ao Ministério da Saúde.

No entanto, o depoente, até o início da sessão, não havia comparecido ao Senado.

Ele primeiramente apresentou um atestado médico por “dor pélvica” assinado por um profissional que atua no Hospital Sírio-Libanês na noite de quarta-feira (1º).

No entanto, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o médico responsável pelo atestado foi contatado e disse que “notou uma simulação por parte do paciente e que deseja cancelar o mesmo”.

Com a ausência de Marconny conforme o horário da sessão se aproximava, os senadores recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte autorizasse uma condução coercitiva do depoente, mas já acionaram a Polícia Legislativa do Senado para buscá-lo em endereços atribuídos a ele.

Concomitantemente, a defesa de Marconny Faria pediu que o STF suspendesse o depoimento, já que não teve acesso aos documentos que fundamentaram a convocatória e alegam não terem sido notificados oficialmente da sessão.

Os advogados também pedem para que o Supremo reconheça Marconny como investigado, o que lhe daria prerrogativas de não precisar dizer a verdade e de permanecer em silêncio – direito já concedido pelo Supremo.

Além de ser apontado como um lobista que mediou relações da Precisa com a Saúde, Marconny Faria também teve contato próximo com familiares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), conforme indicam revelações recentes.

Além de ter ajudado o filho mais novo do presidente, Jair Renan, a abrir a empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, o advogado pediu a Cristina Bolsonaro, ex-mulher do presidente, que pedisse junto ao Palácio do Planalto para nomear um dos nomes da lista tríplice para a Defensoria Pública Geral Federal, conforme mostra reportagem da CNN.

CNN

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