27 de outubro de 2015

II Semana Nacional Justiça pela Paz em Casa terá apoio do Carnatal


Os preparativos para a III Semana Nacional Justiça pela Paz em Casa já começaram e contam com o apoio de um dos maiores eventos sediados na capital potiguar, o Carnatal que edição de 2015 vai divulgar entre os foliões informações sobre a necessidade de que cada um faça a sua parte para diminuir a violência doméstica e contra a mulher. Nessa segunda-feira (26), a coordenadora do Judiciário potiguar para a Mulher, juíza Fátima Soares, reuniu-se com diretores da Destaque, empresa organizadora do carnaval fora de época, na qual foram definidas as ações para a divulgação da campanha.

A reunião, realizada no Complexo Judiciário, contou com a participação do vereador e diretor da Destaque, Paulo Freire, a diretora do evento, Iracy Azevedo, a deputada estadual Christiane Dantas, Nadja Macedo, representante da vereadora Júlia Arruda, e servidores da Justiça Estadual. A III Semana Nacional Jusitça pela Paz em Casa será realizada de 30 de novembro a 4 de dezembro em todos os estados e a coordenação geral dos trabalhos é da ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia.

Fátima Soares salienta a importância do apoio para a campanha de um evento com tantos participantes como é o Carnatal, que este ano vai ocorrer de 3 a 6 de dezembro. Ela enfatiza que o apoio da Destaque vai possibilitar que um grande número de pessoas possa ter acesso a informações, com folderes, cartazes, banners e outros meios a respeito da violência contra a mulher. Só no Rio Grande do Norte, a Justiça Estadual contabiliza 15 mil processos nesta área.

A magistrada ressalta os resultados positivos das primeiras duas edições da Semana, em março e agosto de 2015: “houve uma redução no número de processos no sentido de julgamentos, eles foram realizados, o que trouxe um atendimento mais humanizado e até uma vitória quando a presidência do tribunal decidiu criar mais um juizado aqui em Natal. O número de processos aqui é bastante significativo para a nossa capital e um só juizado estava sendo insuficiente e nós agora contaremos com nosso segundo juizado de violência doméstica”.

Carnatal
O mais novo aliado da Justiça pela Paz em Casa, o evento realizado pela Destaque Promoções se colocou a disposição do Tribunal para a divulgação da campanha. “O Carnatal sempre está aberto a qualquer tipo de atividade que venha ajudar qualquer causa social de grande relevância”, afirma Paulo Freire. “Há anos a gente trabalha com o Grupo Resposta na prevenção da violência contra a criança, especificamente na exploração sexual, também trabalhamos com o Hemonorte para doação de sangue e essa é mais uma que a gente abraça, temos o maior prazer de estarmos com a sociedade, com a Justiça e com quem quer que queira fazer o bem, porque o Carnatal é uma festa de alegria e a alegria não pode ter violência, seja ela qual for”, reforça o diretor da Destaque.

Este ano, a micareta comemora 25 anos de história. A estimativa da empresa promotora é que passem pelo corredor da folia 200 mil pessoas. Nos quatro dias de festa, devem acontecer 16 saídas de blocos que irão animar o corredor da folia, numa ação que vai gerar 2 mil empregos diretos que somados aos indiretos, deve gerar renda para 10 mil pessoas. É gente que trabalha como taxista, ambulante, costureira, manicure, venda de alimentos e bebidas, cordeiros, entre outras atividades.

A Juíza Fátima Soares comemora a parceria que vem para somar e divulgar cada vez mais as ações feitas pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. “Nessa festa onde há uma grande mobilização, as pessoas precisam estar cientes sobre os encaminhamentos e divulgações pertinentes ao atendimento a mulher em situação de risco”, pontua a magistrada. A primeira semana foi realizada no começo do ano em comemoração ao Dia da Mulher, em agosto outro evento foi realizado em homenagem ao nono aniversário da Lei Maria da Penha, dessa vez a Semana vai ser em alusão ao Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher.

A deputada Christiane Dantas lembra que o papel da Assembleia Legislativa, além da realização de audiências públicas sobre o tema, é o de levar o assunto para a discussão ampla na sociedade. “Este é um item que gera preocupação, os altos índices de violência contra a mulher, por isso entendo que este tema deve ser trabalho nas escolas, desde o ensino fundamental com as crianças”, observa a parlamentar que enfatizou sua alegria em ver o assunto pautar a redação do ENEM 2015. “As mulheres precisam saber onde procurar ajuda”.

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