20 de outubro de 2015

HUB é discutido pela Comissão Direito ao Desenvolvimento Regional da OAB/RN


Anunciado como um dos candidatos a receber um hub – centro de conexão de voos – doméstico e internacional, o Rio Grande do Norte se prepara desde meados de abril para tentar atrair o investimento do grupo Latam, formado pelas companhias aéreas TAM e LAN. Para discutir o assunto e consequências, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte, por meio da Comissão Direito ao Desenvolvimento Regional, presidida por Alexander Gurgel, realizou debate hoje (19), na sede da OAB/RN.

Na ocasião, o professor do Departamento de Ciências Administrativas da UFRN Carlos Alberto Freire Medeiros falou um pouco da estratégia de escolha do hub, do porte de aviões e estrutura de pistas necessárias. “A estratégia não é de curto prazo, mas sim de longo prazo. A TAM vai contratar 15.000 pessoas e os prestadores de serviços à TAM em torno de 8.300, pagando melhor que o setor turístico. O nosso novo aeroporto tem estrutura para receber modelos de aviões A350 – que transporta 400 passageiros, bem como A380 – que tem dois andares e comporta 5.000 pessoas, além da nossa pista, que é a única no Brasil, com 60 metros”.

Ao citar exemplos, o economista Robespierre Procópio Barreto externou preocupação com a falta de planejamento. “No mundo, podemos citar os exemplos de hub no Panamá, Dubai, Hong Kong e Lisboa. 20% dos empregos em Dubai vêm do hub e isso mostra a importância para o RN, mas para tanto precisamos eliminar gargalos e reduzir custos”.

Para o professor William Eufrásio Nunes Pereira, doutor do Curso de Economia da UFRN e coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade – GEPETIS, é necessário planejamento para que não aconteçam invasões ilegais e sejam realizadas conexões, entre outras, a rodoviária – o ideal seria implantação do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT.

Por fim, o presidente da Comissão Direito ao Desenvolvimento Regional da OAB/RN e os demais presentes avaliaram a relevância do hub para o nordeste. “Tecnicamente o RN deve ser escolhido para implantação do hub. Queremos que não exista interferência política na escolha, que a decisão seja apenas técnica”, disse.

Os próximos eventos da comissão serão sobre a seca, em novembro, e em relação ao petróleo, no mês de dezembro.

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