13 de abril de 2022

Dengue: pessoas com comorbidades podem apresentar sintomas mais graves


O Rio Grande do Norte registrou aumento dos casos de dengue, em 2022. Neste ano, até a Semana Epidemiológica 10, encerrada em de 12 de março de 2022, ocorreram 229 confirmações para dengue, enquanto em 2021 foram 179. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) no final do mês passado, na terça-feira (29). O clima quente e a incidência de chuvas são fatores ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de arboviroses urbanas.

A pediatra do Sistema Hapvida, Dra. Mara Sérvula, alerta para os cuidados necessários, principalmente, nas crianças, pois elas se enquadram como público de risco pela imunidade baixa. ”Os pequenos podem estar com dengue ou com suspeita, quando surgem sintomas como febre alta, irritabilidade e falta de apetite. Mas, geralmente, os indícios podem ser confundidos com a gripe. Por isso, a necessidade de avaliação médica para diagnóstico correto já que existem também a Zika e Chikungunya”, ressalta.

A diferença entre estas três doenças é explicada pela infectologista do Sistema Hapvida, Dra. Silvia Fonseca. ”Essas patologias começam, mais ou menos, do mesmo jeito com febre e dor no corpo. Mas, conseguimos distinguir por meio de determinados indícios. A dengue, geralmente, apresenta alta temperatura corporal, dor atrás dos olhos e moleza. É importante diagnosticar, para evitar complicações severas. Já a Zika, normalmente, aparece uma vermelhidão, conjuntivite e sem febre. A preocupação é o contágio em grávidas, principalmente aquelas no começo da gestação”, define.

De acordo com a especialista, a Chikungunya, por outro lado, apresenta dois sinais que as outras não registram: são a dor e o inchaço nas juntas. Na fase mais grave, a médica Mara Sérvula revela que as plaquetas caem muito, o risco de sangramento aumenta e a desidratação é algo preocupante. ”O alerta fica para as manifestações clínicas entre o quarto e sétimo dia. A criança pode passar a apresentar dor abdominal intensa, tontura, desmaio e vômitos, esclarece a pediatra. A recomendação é procurar um médico no hospital ou pela telemedicina.

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