07 de julho de 2022

CRISE GRANDE – Empresas de ônibus vão quebrando pelo Nordeste


A crise no setor de transporte coletivo de passageiros por ônibus continua fazendo estragos na região Nordeste. Há registros de falência de empresas de ônibus em várias capitais nordestinas. Em Natal, a Viação Campos, que atuava no transporte intermunicipal, encerrou suas atividades.

Em Fortaleza, quatro empresas faliram depois da licitação em 2012 e outras duas – a Santa Cecília e a Ceará Grande – estão em recuperação judicial. Em Maceió, uma empresa tradicional faliu mesmo depois da licitação do transporte público em 2014.

Em Salvador, um dos três consórcios de empresas que ganharam a licitação em 2014 teve a falência decretada. Em Fortaleza, a falência mais recente foi a da Fretcar, que operava com transporte intermunicipal e urbano. A empresa anunciou ter chegado o momento de parar “por absoluta falta de condições econômico-financeiras para prosseguir honrando com os compromissos”.

A Fretcar foi uma das empresas vencedoras da licitação pública ocorrida em 2009 para a operacionalização das linhas intermunicipais do interior do Ceará e respondia por 5 por cento do transporte urbano de Fortaleza.

Em comunicado interno, a Fretcar destacou que a pandemia do Covid-19 trouxe a redução drástica e sistemática do número de passageiros, acarretando enormes prejuízos”.
Em nota pública, o Sindiônibus (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará) lamentou o encerramento das atividades da empresa e destacou que “essa é a crise mais grave já enfrentada pelo setor”.

Ainda segundo a nota do Sindiônibus, mesmo com o retorno da economia, em Fortaleza, o número de passageiros está em 65% se comparado com a demanda registrada em 2019.
Na capital cearense, as empresas de transporte coletivo contam com um subsídio mensal no valor de 6 milhões de reais.

O Sindiônibus alertou para a situação de outras duas empresas Santa Cecília e Ceará Grande, que entraram com pedido de recuperação judicial por falta de opção.

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