Agroindústria criada por assentadas gera renda no Rio Grande do Norte
Um grupo de 11 mulheres assentadas está transformando a realidade de suas famílias e do município de Touros, a 58 quilômetros de Natal , no Rio Grande do Norte. As agricultoras fazem parte da da Associação do Projeto de Assentamento Quilombo dos Palmares II, e desde 2010 atuam em uma agroindústria criada por elas e chamada “Resistência e Sabores” que produz doces, bolos e bolachas para comercialização.
A assentada Maria do Socorro é uma das integrantes do Grupo e destaca a importância do trabalho que assegura que as famílias de agricultores permaneçam no campo. “Se não houvesse a fábrica muitas de nós teríamos que ir para a cidade trabalhar”, afirma.
Segundo Maria do Socorro, o Incra tem uma importância fundamental no processo de organização e capacitação. “Os técnicos nos mostraram como fazer e nós colocamos em prática, a partir daí temos nossa própria fonte de renda. É fundamental que as mulheres tenham autonomia e dignidade para que possam ter voz”, ressalta.
Das 298 famílias que vivem no assentamento, 186 possuem os Títulos Definitivos das terras, alguns receberam crédito instalação nas suas diversas modalidades, Pronaf entre outros.
Contrato
Além da venda direta, atualmente a fábrica, que funciona na cozinha da Associação, possui uma parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município de Touros. O contrato assinado em 2019, e ainda em vigor, já garantiu para as agricultoras R$ 71 mil. Semanalmente o grupo entrega doce de caju, doce de mamão com coco, bolacha caseira, bolo de batata e de macaxeira. Os produtos comprados pelo CRAS são distribuídos no próprio município
As assentadas aguardam agora a liberação de mais uma etapa do Fomento Mulher para investir em melhorias da fábrica “Resistência e Sabores”. Atualmente elas utilizam o CNPJ da associação para participarem de contratos.
