Juiz Raimundo Carlyle critica repasse de recursos do TJRN para o sistema penitenciário
O repasse de R$ 20 milhões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) para que o governo do Estado possa construir uma unidade prisional – com capacidade para 600 presos – não foi bem recebido por todos os magistrados.
O juiz Raimundo Carlyle, por exemplo, divulgou uma nota para outros magistrados se posicionando contrário ao repasse, alegando que o valor poderia muito bem ter sido destinado para a estruturação do próprio TJRN.
Opinião semelhante tem tido a associação dos magistrados do Rio Grande do Norte.
Raimundo Carlyle fez uma análise, ressaltando o discurso de que o TJRN estivesse quebrado e contas em ajustes como foi dito no início da gestão do desembargador Cláudio Santos.
“A corte decidiu e está decidido, mas as vozes dissonantes não precisam, necessariamente, silenciar. A democracia tem uma verve intrínseca que pode ser traduzida no velho brocardo: “Nada como um dia atrás do outro!”.”, destaca o juiz que foi secretário geral da gestão anterior à Cláudio Santos.
A declaração é explicativa e é referente aos contas do TJRN nunca esteve e não está “quebrado”, como divulgado na mídia.
“Ao final da gestão 2013/2014, restaram no caixa do Tribunal cerca de 100 milhões de reais, livres e desembaraçados, para a realização de investimentos, além de pagas todas as dívidas de exercícios anteriores, o que pode ser reconhecido como uma boa gestão financeira, seja na área pública ou na iniciativa privada”, enfatiza Raimundo Carlyle.
