21 de maio de 2019

Pela primeira vez OAB elege duas mulheres para representar advocacia no CNMP


O Conselho Federal da OAB elegeu, nesta segunda-feira (20), os novos representantes da advocacia para o Conselho Nacional do Ministério Público e para o o Conselho Nacional de Justiça.

Pela primeira vez foram eleitas duas mulheres para integrar o CNMP: Fernanda Marinela, de Alagoas, e Sandra Krieger, de Santa Catarina. Marinela foi presidente da OAB de Alagoas e é conselheira federal. Já Sandra Krieger Gonçalves também é conselheira federal da OAB e defende a importância de ampliar os espaços de atuação das mulheres na Ordem.

“Primeiro quero agradecer a confiança da advocacia brasileira por essa escolha e pela oportunidade de representar a OAB no CNMP. O caminho não terminou, claro, temos ainda a sabatina no Senado, mas agradeço desde já a indicação. A partir de agora o objetivo é contribuir, reconhecer o trabalho que foi feito pelos colegas que nos antecederam e daqui para frente tentar avançar cada vez mais. Entendemos que a pluralidade, a contribuição da advocacia em razão da sua experiência da atuação junto ao CNMP, poderá contribuir para que a instituição avance e traga cada vez mais benefícios para toda a sociedade. O CNMP tem um papel muito importante dentro da organização da efetivação da justiça no nosso país e é essa a contribuição que queremos dar”, disse Fernanda Marinela.

Sandra Krieger chamou a atenção para a situação inédita em que duas mulheres foram indicadas ao mesmo tempo para representar a OAB no CNMP. “Essa vitória representa a união em torno de uma causa comum da advocacia, representa ainda uma vitória da mulher brasileira e da advogada brasileira e sobretudo trata-se de uma representação que une todas as regiões do país em torno de uma causa única, que é a defesa da advocacia brasileira. Esse é um marco da advocacia feminina no país porque não há ainda no CNMP duas mulheres concomitantemente ocupando esses espaços. Fico muito honrada de representar a advocacia e a Ordem no CNMP e acho que teremos muito a contribuir como mulher, como advogada e como conselheira”, declarou a conselheira.

Já a representação da OAB no CNJ será feita pelo advogado baiano André Godinho que foi reconduzido para mais um mandato. Ele ocupa uma cadeira no CNJ desde setembro de 2017. A outra vaga no CNJ será ocupada pelo advogado Marcos Vinícius Jardim, ex-presidente da OAB do Acre.

André Godinho agradeceu a indicação para mais um biênio. Ele atualmente ocupa uma das cadeiras indicadas pela OAB no CNJ. “Primeiro é uma honra receber mais uma vez a confiança da advocacia brasileira aqui representada pelos ilustres conselheiros federais. Ao longo do último biênio, produzimos um trabalho voltado à garantia dos direitos e do interesse da advocacia e da cidadania no CNJ. Estaremos firmes e fortes nessa luta, na continuação desse trabalho. Aos poucos temos galgado espaços no CNJ. Nosso interesse é ter uma participação ainda maior nas comissões e grupos de trabalho, aproximando as pautas do CNJ aos interesses da advocacia brasileira e da cidadania que representaremos”, afirmou ele.

O outro indicado para o CNJ, Marcos Vinicius Jardim salientou que a representação da OAB pode contribuir para aproximar a Justiça dos anseios do cidadão. “Hoje tivemos uma demonstração de legitimidade e união de nossa classe e assim que quero pautar o meu trabalho, ou seja, representando toda a advocacia no CNJ. A população tem pedido por justiça social e o poder judiciário é importantíssimo para essa pauta. Então o principal passo é exatamente trabalhar para o amadurecimento e engrandecimento do poder judiciário para que ele seja mais efetivo e voltado para a pacificação social”, disse o conselheiro federal.

Os nomes agora seguem para sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, em seguida, para votação dos senadores no Plenário.

Fonte: JuriNews

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