22 de novembro de 2018

Pesquisadora da The Ohio State University conhece trabalho de referência da Vigilância em Saúde de Mossoró


A Secretaria de Saúde de Mossoró, através da Vigilância em Saúde, recebeu na manhã desta terça-feira (20) a pesquisadora Clarissa Surek Clark, da The Ohio State University, da cidade de Columbus, estado de Ohio, EUA. A pesquisadora está estudando como a autopsia verbal, um método de identificação de óbito, vem contribuindo para elucidar casos de mortes mal definidas.

Clarissa Surek recebeu a orientação do Ministério da Saúde (MS) para vir a Mossoró com objetivo de compreender melhor o trabalho que é realizado na elucidação de mortes na cidade por ter um Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e mesmo assim ainda investigar a causa da morte junto de pessoas próximas ao falecido.

Francidália Bezerra, técnica da Vigilância de Óbito da Secretaria de Estado da Saúde Pública, esclarece que Mossoró foi escolhida pelo MS por ser uma cidade de referência na elucidação de mortes. “Ela veio pra Mossoró para conhecer como se faz a investigação aqui. A gente escolheu Mossoró para vir porque temos uma equipe que consegue muitas informações. Isso é muito bom para a conclusão de um óbito, para saber qual foi a causa da morte. Saber se esse óbito poderia ser evitado ou não. Quanto mais investigação melhor.”, destacou a técnica da SESAP.

“O Ministério da Saúde recomendou que eu viesse para o Rio Grande do Norte, especificamente Mossoró, porque vocês têm o SVO e por terem conseguido muitos avanços em pouco tempo. Nunca vi um grupo reunido para definir uma causa de morte.”, explica a pesquisadora brasileira que mora há 26 anos nos Estados Unidos.

Ainda segundo a pesquisadora, ¾ dos óbitos do mundo são descobertos através da autopsia verbal. Nesse método é realiza uma entrevista detalhada de 45 ou 60 minutos com pessoas que cuidaram do falecido para colher informações que possam ajudar a saber a possível causa de morte. “Vou registrar na minha pesquisa que isso é uma maneira muito interessante que vocês utilizam. Vou levar a outros países para que os profissionais envolvidos de lá não tenham só um médico envolvido, mas um conjunto de profissionais.”, finalizou Clarissa, que tem trabalhos desenvolvidos em cinco países Africanos: Tanzânia, Africa do Sul, Quênia, Zimbabwe e Malawi.

A diretora da Vigilância em Saúde Municipal, Iranilde Campos, agradeceu a visita e reforçou o trabalho que é desenvolvido na cidade desde o ano passado. “A investigação de óbito da Vigilância em Saúde é referência para o Brasil. A pesquisadora está aqui para conhecer realmente esse trabalho tão rico e tão maravilhoso que fazemos.”, destaca Iranilde.

A professora aposentada Maria do Carmo, presidente do Comitê de Mortalidade Materna do RN, técnicos da Saúde Municipal e gerentes de UBSs também participaram do encontro no auditório do Centro Administrativo Pref. Alcides Belo.

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