26 de janeiro de 2016

Janot diz que não há distorção em degravações da Lava-Jato


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu nesta terça-feira críticas feitas por advogados às investigações da Lava-Jato. A defesa de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira preso por suspeita de envolvimento nas irregularidades da Petrobras, alegou que há diferença entre o depoimento de seu cliente e a transcrição feita pelo Ministério Público. Os advogados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também alvo das investigações, fizeram o mesmo comentário.

“Eu não vi distorção alguma e também não vi ninguém negar o fato criminoso imputado a essas pessoas”, disse Janot.

Para o chefe do Ministério Público Federal, essas alegações são apenas parte da estratégia das defesas:

“É direito de expressão, é liberdade. Técnica de defesa”, resumiu o procurador-geral.

No início do mês, um grupo de advogados que atuam na defesa de investigados da Lava-Jato divulgaram uma carta em repúdio à condução das apurações. Segundo os advogados, muitas prisões são realizadas para forçar delações premiadas. Eles também criticaram o suposto vazamento seletivo de trechos específicos das investigações. O documento levou a assinatura de mais de cem profissionais.

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