27 de agosto de 2016

Ex-aliado, Renan bate boca com petistas em sessão do impeachment


Visto como a última ponte entre o PMDB e o PT no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), protagonizou nesta sexta-feira (26) o mais duro embate com a bancada petista desde o início do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff no plenário.

O gesto, primeiro tratado como “destempero”, foi interpretado como um cálculo do peemedebista para selar sua aproximação com o presidente interino Michel Temer e romper qualquer elo que ainda havia entre ele e o partido de Dilma.

Segundo aliados, Renan agora está livre para votar a favor do impeachment da petista. Inicialmente, o presidente do Senado dizia que, por sua posição institucional, não se posicionaria. Depois, disse que estava “refletindo”.

O embate ocorreu no fim da manhã, quando Renan foi escalado para conter os ânimos no plenário e acabar com uma discussão entre dois senadores, Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), que frequentemente entram em choque.

Num primeiro momento, adotou tom pacificador. Cercado pelos petistas, mudou o rumo da oratória.

“O Senado está perdendo uma oportunidade de se afirmar como uma instituição representativa da sociedade. Não podemos apresentar esse espetáculo”, disse. Em seguida, comparou a atuação dos congressistas na Casa a um “hospício”.

Renan encerrou sua fala, mas voltou. Justificou dizendo ter sido “provocado”. Direcionou suas críticas a Gleisi Hoffmann (PT-PR).

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