Apenados vão trabalhar na recuperação da Locomotiva Catita
Através de uma parceria entre o Poder Judiciário do RN, o IFRN e o IAPHACC – Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico, Cultural e da Cidadania – três locomotivas do Museu do Trem serão recuperadas no Estado. Entre elas está a locomotiva Catita, composição do tipo Maria Fumaça que em 1916 inaugurou a Ponte de Ferro de igapó, fazendo a ligação de Natal a Ceará-Mirim.
Esse projeto é graças ao uso de recursos de penas pecuniárias, onde apenados irão trabalhar na restauração das locomotivas do Museu do Trem Manoel Tomé de Souza. O museu funcionará no ambiente da antiga Estação Ferroviária de Natal que passará a ser o IFRN Unidade das Rocas. O prédio está sendo restaurado e a expectativa é de que em janeiro de 2016 ele seja aberto para visitação, como um dos pontos turísticos e históricos de Natal.
Nesta sexta-feira, 4, às 14 horas, foi assinado o convênio no Museu do Trem com a presença do coordenador da Central de Penas Alternativas juiz Gustavo Marinho e representantes do IFRN e IAPHACC.
A recuperação das locomotivas está estimada em R$ 100 mil e inicialmente será liberado o montante de R$ 26 mil e durante o andamento da restauração serão feitas as parcelas complementares.
Essa parceria foi assinada em agosto, após uma reunião entre os juízes Marcus Vinícius Pereira Júnior – vice-presidente Cultural da AMARN; Mádson Ottoni – diretor do Foro da Comarca de Natal; Gustavo Marinho – da Central de Penas Alternativas da capital e Agenor Fernandes juiz dos juizados criminais de Natal e com Ricardo Cobra – presidente do IAPHACC e o diretor do Campus do IFRN Cidade Alta professor Lerson Maia.
As locomotivas integram uma fase importante da história do Estado. A mais notória delas, a “Catita”, composição do tipo Maria Fumaça em 1916 inaugurou a antiga Ponte de Ferro de Igapó fazendo a ligação da capital a Ceará-Mirim. A Catita, movida a lenha, começou a ser utilizada 35 anos depois do início da história ferroviária potiguar, quando foi inaugurada a linha Natal-Nova Cruz, em 1881.
