Venda de sorvetes cresce pelo menos 10% no RN
A venda de sorvetes registrou aumento no Rio Grande do Norte no período do verão de 2024. Segundo estimativas de empresários e representantes do segmento, o aumento foi de pelo menos 10% nas vendas nos últimos meses, período considerado “de colheita” para o segmento, que se beneficia das altas temperaturas, do litoral movimentado com turistas e, neste ano em específico, com um dos verões mais quentes dos últimos anos em vários estados do Nordeste e do Brasil.
Segundo avaliação do diretor-presidente da Ster Bom, Antônio Leite Jales, os meses de novembro a março são os que a indústria registra maior produção e, consequentemente, maiores vendas no Estado. O cenário vale tanto para sorvetes quanto para picolés, além da produção de casquinhas.
“As vendas de sorvete e picolés, congelados, tudo aumenta. Todo ano essas vendas estão crescendo. As vendas aumentaram porque nossa colheita é agora na alta estação, quando começa a esquentar, de setembro a março. O dólar estava muito alto e muita gente não viajou para fora, ficando na região Nordeste e aqui em Natal. Com isso, tivemos um bom aumento”, explica, acrescentando ainda que as vendas “sempre crescem dois dígitos” no período do verão. “Com calor, tanto toma-se água quanto sorvete para refrescar”, aponta Antônio Leite, lembrando ainda que a intensificação das produções se inicia em setembro, já visando a alta estação.
O mesmo pensamento tem a presidente do Sindicato da Indústria de Sorvetes, Congelados e Derivados do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsorvete), Zauleide Queiroz. “Quando aumenta o calor, consequentemente as vendas aumentam. Essa é uma das melhores épocas para os nossos produtos. Quando ‘arrocha’ o calor, o que mais a pessoa quer é se refrescar”, afirma.
Em sorveterias da capital potiguar, empresários e vendedores também relataram aumento na procura pelos produtos por parte dos clientes.
O técnico em sistemas audiovisuais, Yuri Morais, 35 anos, conta que está consumindo mais sorvete nos últimos meses. “Tomo sorvete com certa frequência, porque é doce e o açúcar é algo que a gente gosta. E também pela temperatura; vivemos na Cidade do Sol. Nesse calor, tomei um pouco mais de sorvete. Geralmente gosto de tomar aquele pote de 2 litros para a família toda consumir, ainda mais que tenho filha pequena”, disse.
Quem também ampliou o consumo do sorvete e picolé foi Adriana Bezerra, 37 anos, que trabalha com venda de insumos para produção de sorvetes. “Nesse calor, consumo mais sorvete para refrescar e saborear os lançamentos que tem. Consumo tanto na sorveteria quanto em casa, não deixo faltar”, disse.
A alta na venda de sorvetes não ficou restrita somente ao Rio Grande do Norte. Em outros estados, como Minas Gerais, uma onda de calor vivenciada pelos mineiros no final de fevereiro também ajudou a incrementar as vendas de sorvetes e picolés.
Outros segmentos também registraram aumento nas vendas com o calor característico do verão no RN. O setor da indústria de água mineral observou uma alta de até 18% nas vendas nos meses de dezembro e janeiro – na alta estação – em comparação com os meses anteriores, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn).
“Melhorou um pouco essa venda de águas nesse calor do verão. Geralmente vendo umas 50 águas, água-de-coco umas 40. Em outros períodos eu vendo cerca de 30, 25 águas. Nesse verão aumentou”, explica Antônio Júnior, vendedor ambulante de água no Alecrim.
Tribuna do Norte