08 de dezembro de 2015

Grupo de extermínio usava estrutura da PM para praticar crimes


Representantes do Ministério Público, Polícia Federal e Polícia Militar do Rio Grande do Norte deram informações sobre a Operação Thanatus, deflagrada na manhã desta terça-feira (8) e que resultou no cumprimento de 12 mandados de prisão. Entre os detidos, dez são policiais militares. Segundo as investigações, o grupo matava por diversos motivos e usava estrutura da PM para praticar crimes.

De acordo com os representantes das instituições que comandaram as investigações, o grupo vinha sendo observado há algum tempo devido a 16 homicídios realizados no Rio Grande do Norte. Apesar de não detalhar como ocorreram os crimes, eles explicaram que os envolvidos mataram em troca de dinheiro e também atuando como “justiceiros”.

“Por serem policiais, é certo que houve o aproveitamento da estrutura e da função para que alguns deles cometessem os crimes”, explicou a delegada Diana Calazans, que justificou a investigação por parte da Polícia Federal devido aos graves crimes cometidos sistematicamente.

Pelas investigações, ficou caracterizado que os policiais militares atuavam em associação a traficantes, mas também recebendo “encomendas” de mortes em troco de dinheiro.
A participação e os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados pelo Ministério Público, que, na denúncia, vai detalhar como cada um dos suspeitos participou dos crimes.

Operação

Durante a ação da manhã desta terça-feira, a Polícia cumpriu 12 dos 15 mandados de prisão (um dos suspeitos já estava preso). Três pessoas são consideradas foragidas.

Ao todo, os policiais apreenderam 12 armas de fogo, aproximadamente 10 mil munições e R$ 15 mil.

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