
Ex-dirigente da Engevix, Gerson Almada, é condenado a 19 anos de prisão
O juiz Sérgio Moro condenou a 19 anos de prisão Gerson de Mello Almada, sócio e ex-vice-presidente da Engevix, pelos crimes de corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Almada havia sido preso em novembro de 2014, na 7ª Fase da Lava-Jato, e cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde abril passado. Em outubro, Moro autorizou contato com outros executivos da empresa para permitir que a Engevix negocie acordo de leniência com o Ministério Público Federal e órgãos do governo federal A prática do crime de corrupção envolveu o pagamento de R$ 15,2 milhões, valor que deve ser ressarcido à Petrobras.
Os demais executivos da empresa – Newton Prado Junior, Luiz Roberto Pereira e Carlos Eduardo Strauch Albero – foram absolvidos de todas as imputações por falta de provas que agiram com dolo. Enivaldo Quadrado, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, também foi absolvido por prova insuficiente de que teria participado de operações de lavagem de dinheiro de propina paga pela construtora.
Com a condenação de Almada, chega a 17 o número de dirigentes de empreiteiras condenados na Lava-Jato. Foram seis da OAS, três da Camargo Corrêa, três da Mendes Junior e três da Galvão Engenharia, todos presos na 7ª Fase da Operação, deflagrada no dia 14 de novembro de 2014, além do empresário Augusto Mendonça Neto, dono do grupo Setal.
Na mesma ação foram condenados o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Os dois, porém, assinaram acordo de delação premiada e as penas acordadas estão sendo seguidas pela Justiça. Também foi condenado Carlos Alberto Pereira da Costa, que assinava pela empresa GFD Investimentos e pertencia ao doleiro.