TJRN lança exposição sobre o protagonismo feminino na Justiça potiguar; visitação até 13/10 no prédio sede
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte lançou, na tarde desta terça-feira (12/9), a exposição “O protagonismo feminino na Justiça potiguar: ontem e hoje”. A mostra, que tem como objetivo difundir para a sociedade potiguar informações sobre a história, trajetória e contribuição de magistradas e servidoras para o Poder Judiciário do Rio Grande do Norte, segue aberta a visitação até o próximo dia 13 de outubro, quando se tornará itinerante até ficar disponível de forma fixa e permanente no setor de exposições do Memorial da Justiça Desembargador Vicente de Lemos, na Cidade Alta.
O lançamento da exposição contou com as presenças da desembargadora Lourdes Azevêdo e da juíza Hadja Rayanne, ambas integrantes do Comitê de Valorização Feminina no Poder Judiciário, além da coordenadora do Núcleo de Gestão Documental do TJRN, Adriana Carla Oliveira, e dos servidores do Núcleo Permanente de Avaliação e Gestão Documental, Memória, Informações e Dados Públicos (NUGEDID), a historiadora Alyne Barreto e o historiador Halyson Oliveira.
A juíza Hadja Rayanne, que foi coordenadora do livro “Elas no Judiciário – Vivências na Justiça Potiguar”, lançado recentemente em dezembro passado e que contribuiu para a exposição, falou da importância da mostra. “Eu fico muito feliz com uma exposição como esta porque sou uma testemunha de como nós estamos avançando nesta questão”, afirmou, lembrando de que, quando ingressou na carreira da magistratura, a composição do Tribunal de Justiça potiguar era 100% masculina, lembrando ter assistido a posse da primeira desembargadora, Eliane Amorim das Virgens. “Então a gente vê a presença feminina aumentando, como deve ser. É muito importante termos mulheres para nos espelharmos, para nos inspirarmos nessas figuras e exposições como estas trazem esta visão de que as coisas estão caminhando, estão avançando e que é possível continuar a avançar nessa questão”, enalteceu Hadja Rayanne.

A desembargadora Lourdes Azevêdo compartilhou da sua emoção de ver também sua história sendo registrada em uma exposição no Tribunal de Justiça como uma das mulheres que entraram para a história do Poder Judiciário potiguar. “É emocionante estar aqui nesse momento presenciando uma exposição da qual eu faço parte. Eu quero parabenizar os idealizadores desta exposição que mostra o pioneirismo feminino na Justiça do Rio Grande do Norte”.
A coordenadora do Núcleo de Gestão Documental do TJRN, Adriana Carla Oliveira, contou como aconteceu o trabalho de reunir todo o material para compor a exposição, segundo ela, uma ação da Política de Gestão Documental e de Memória, um trabalho iniciado em 2018 com um diagnóstico do acervo judicial e administrativo em todas as comarcas do estado. Foi nesse levantamento que foram identificados documentos e informações que traziam a participação feminina no Judiciário potiguar.
Adriana cita também a contribuição da primeira exposição realizada pelo TJRN, em 2022, que foi sobre a Memória dos 130 Anos do Poder Judiciário, quando foi feito um recorte dessas informações para prover essa outra ação, assim como a contribuição do livro Elas no Judiciário, que fala do protagonismo feminino. “Foi um trabalho colaborativo, conjunto, com a participação dos nossos historiadores para conseguirmos chegar nessa exposição”, explicou.

O servidor Halyson Oliveira revelou que, para ele, como historiador, a exposição se traduz como uma realização por se tratar de uma demanda do tempo presente, desde os objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU, do CNJ que tem várias políticas de participação feminina e o TJRN, que tem um Comitê de Valorização Feminina muito atuante.
“Já passou da hora das mulheres serem protagonistas da sua própria história. Então, a ideia da exposição é trazer um pouco disto, desta narrativa de mulheres de destaque no Rio Grande do Norte, com protagonismo em várias frentes, atuando socialmente, politicamente, mas principalmente, na inserção no Judiciário”, comentou o historiador.









