21 de novembro de 2018

Mandetta será ministro da Saúde e diz que Mais Médicos era entre Cuba e o PT


O futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) sugeriu nesta tarde, após ser anunciado para o cargo, que os médicos que atuem no programa Mais Médicos passem por avaliações enquanto estiverem em serviço. A declaração do futuro ministro foi dada após ele ser questionado sobre a eventual aplicação do Revalida a todos os médicos que participam do programa, lançado durante o governo do PT.

— Todas essas questões são mais específicas, que são mais de detalhe, vamos ter que reunir com o governo atual, que são eles que estão fazendo as redações, como também com aquelas autarquias federais que fiscalizam como elas veem (a situação dos médicos). Há possibilidade de se fazer avaliação em serviço. Há possibilidade de se fazer uma série de medidas em que você possa, ao mesmo tempo que resguarda a população, dar garantias da qualidade daquele profissional. O objetivo é esse, agora qual as ferramentas que vão ser utilizadas, isso vai ser após uma ampla discussão com o setor — afirmou Mandetta.

Questionado se a proposta não seria incoerente com o que vem defendendo o presidente eleito, de que todos os médicos sejam submetidos a uma revalidação, Mandetta explicou que, antes do Mais Médicos, cada universidade tinha uma forma de revalidar os diplomas e que até mesmo a prova proposta com o programa foi alvo de críticas.

— E você tem também crítica a essa proposta (do exame do Revalida), porque é uma prova única, de conhecimento único. As vezes você pega um profissional com vinte, trinta anos de formado e você cobra um grau de conhecimento de um recém-formado — disse o futuro ministro.

Para ele, o objetivo do futuro governo será o de garantir que os médicos que estejam atendendo tenham uma capacitação reconhecida.

— O que a gente quer dizer com Revalida é revalidar, saber quem é, o que estudou, o que falta de lacuna para atender o povo brasileiro, qual o grau de competência, qual o grau de vínculo com a comunidade daqueles que já estão e aqueles que vierem. Aonde é que a gente pode fazer o filtro para que a sociedade possa se proteger — seguiu Mandetta, para quem não pode haver uma “relativização” da vida da população dos grandes centros urbanos e da população do interior:

— Não pode haver essa relativização, não existe vida do interior e vida da capital, existe vida. Enquanto vida cada brasileiro, desde a comunidade indígena mais remota, até aqueles que estão nos grandes centros, eles precisam saber que alguém checou as informações, alguém confirmou, autorizou aquele profissional a tratar do bem maior que uma nação pode ter que é a vida de seus habitantes.

O futuro ministro também criticou o convênio firmado com Cuba no âmbito do programa para fornecer médicos para cidades do interior do país e que foi cancelado na semana passada pelo país caribenho. Mandetta afirmou que o PT terceirizou a solução da saúde para outro país, e disse que é preciso buscar uma proposta sustentável e duradoura.

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