Luiz Edson Fachin
14 de dezembro de 2015

Fachin: ajuda de Deus e dos assessores para tomar a decisão certa


Nem o peso de ser o relator do processo que definirá o rito de tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff tirou o bom humor do gaúcho Luiz Edson Fachin, de 57 anos, ministro do Supremo Tribunal Federal. A julgar pelo semblante calmo e pelo sorriso constante no rosto, Fachin não mudou o comportamento depois que entrou no centro do furacão da crise política. Na quinta-feira à noite, embarcou para Curitiba, onde mora. No dia seguinte, participaria de evento no Ministério Público. Depois, ficaria livre para dedicar-se ao voto aguardado por todo o país.

Os planos para o fim de semana eram ficar no apartamento com a mulher, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná Rosana Fachin, para redigir, sozinho, o voto. A partir de hoje, em Brasília, o ministro pedirá a opinião dos dois juízes federais que trabalham em seu gabinete para dar os arremates finais ao texto. O julgamento do caso está marcado para quarta-feira.

Fachin e a mulher são católicos e frequentam a igreja todo domingo. Quando tem nas mãos um processo muito importante, o ministro costuma pedir a proteção divina para decidir com correção. Também costuma se engajar em obras assistenciais católicas.

O processo decisório de Fachin é democrático. Costuma ouvir a opinião dos assessores. Mas, na hora de redigir a decisão, o processo passa a ser solitário. Quando o caso é muito importante, é ele quem escreve tudo, sem delegar a tarefa, como fazem muitos ministros do STF. É tido por pessoas próximas como workaholic. Durante a semana, almoça no bandejão do STF, frequentado pelos servidores, por ser mais prático e para não perder muito tempo de trabalho.

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