10 de setembro de 2017

Defesa de Miller considera pedido de prisão de seu cliente “estranho”


O advogado do ex-procurador da República Marcelo Miller, André Perecmanis, afirmou que o pedido de prisão de seu cliente, apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “causa espécie e indignação”, mas ressaltou que ainda não havia sido informado oficialmente sobre a ação. “Soube pela imprensa” disse, ao sair do prédio do Ministério Público Federal. Os comentários foram feitos após depoimento de Miller à Procuradoria Regional da República da 2ª região, na madrugada de sábado.

O depoimento de Miller começou às 15h30 de sexta-feira e terminou por volta de 0h30 do sábado (9). Ele foi interrogado por um procurador regional da República designado pela equipe do procurador-geral da República. Para Perecmanis, Miller “contribuiu, falou durante dez horas ininterruptas, mostrou todo interesse em colaborar, explicou que na realidade, está aqui por conta de um áudio absolutamente desconexo, gravado em condições que ninguém sabe quais são e que tem uma série de atrocidades. No que diz respeito a ele, especificamente, atribui uma ingerência junto ao procurador-geral que nunca existiu”.

O advogado afirmou, ainda, que “está provado, documentalmente inclusive, que ele estava afastado do grupo da Lava Jato desde junho de 2016. Não tem qualquer contato com o procurador, por qualquer meio, pelo menos desde outubro de 2016. Então, era impossível haver essa ingerência. Nunca foi emissário de ninguém nunca atuou dos dois lados, sempre teve uma vida republicana no Ministério Público e portanto nem conhece uma figura que possa existir de braço-direito do procurador-geral. Nunca ouviu falar nisso na Lava Jato. Essa acusação é uma infâmia e se espera que, com os esclarecimentos que ele prestou hoje, tudo venha à tona”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *