Defesa das prerrogativas, comunicação e união são compromissos de novo presidente da Amarn
Tomou posse nessa sexta-feira (23), a nova diretoria da Associação dos Magistrados do RN (Amarn), entidade que congrega 304 magistrados da Justiça Estadual potiguar (247 ativos e 57 inativos). A associação será presidida pelo juiz Herval Sampaio Júnior durante o triênio 2018-2021, sucedendo o juiz Cleofas Coelho. Ao assumir o cargo, Herval Sampaio pregou o fim das divisões internas, a defesa das prerrogativas da magistratura e a melhoria da comunicação com a sociedade. A solenidade de transmissão do mandato ocorreu no auditório da Escola da Magistratura do RN.
“Nós seremos sim, nossa Amarn sua voz, para renovar e melhorar, uma Amarn para todos e com todos, unidos sempre”, destacou o novo presidente no encerramento de seu discurso, fazendo referência aos slogans das duas chapas concorrentes nesta eleição. Herval Sampaio pediu união, defendeu o consenso e afirmou que é “um instrumento de uma ideia maravilhosa de união, de acolhimento, de esperança, que para dar certo precisa contar com o apoio de todos”.
Durante sua fala, o novo presidente da Amarn disse que a magistratura é uma só e que a luta é pela união total da magistratura brasileira. Destacou que buscará em sua gestão a valorização do Judiciário e da magistratura, “com inclusão de todos, sem discriminar ninguém”.
Herval Sampaio tornou-se o 16º presidente da Associação dos Magistrados do RN. Sua chapa “Renovar para melhorar” foi eleita no último dia 16, com 190 votos contra 99 da chapa “Nossa Amarn, sua Voz”.
Ele agradeceu o voto de confiança recebido e ressaltou que não chegou à presidência sozinho. “Vocês todos me conduziram até aqui e é esse espírito que eu trago. Eu não quis chegar aqui sozinho. Me orgulho de ter chegado nesse momento verdadeiramente com a participação de todos. Foi assim que eu conquistei essa expressiva votação”.
Herval Sampaio defendeu um Poder Judiciário forte, altivo, que se imponha e lembrou que o juiz é um agente político que representa a vontade estabelecida na Constituição e nas leis. Disse ainda que não há outra razão de ser da magistratura que não servir a sociedade.
Logo durante a posse, o dirigente assinou o ato de nomeação coletivo das diretorias vinculadas às vice-presidências e anunciou também a criação de uma vice-presidência de defesa das prerrogativas, “indispensável para que possamos enfrentar os desafios que estamos vivendo”. Ao todo, serão 34 cargos diretivos na Amarn.
Balanço
Em seu discurso de despedida da presidência da associação, o juiz Cleofas Coelho declarou que a posse da nova diretoria representa o fechamento e abertura de ciclos e a ampliação de processos de transformação adotados pela Amarn nos últimos anos. “A votação expressiva da chapa encabeçada por Herval Sampaio demonstra cabalmente que vivemos agora em outro tempo. O tempo de maior união entre os magistrados, de se valorizar de maneira inequívoca a atividade jurisdicional, o julgamento independente e sério – sem qualquer interferência seja do poder econômico ou político”.
“Após três anos ocupando o cargo de presidente da associação é com muito orgulho que transmito o cargo a Herval, pois desde a sua chegada ao associativismo sempre se mostrou combativo e incansável. Foi tão incansável que só acrescentou valor e relevância ao trabalho por nós desenvolvido”, disse Cleofas sobre o novo presidente.
Cleofas Coelho rememorou o ano de 2008, quando teve início a série de quatro eleições consecutivas vencidas por seu grupo, e falou da evolução e das vitórias alcançadas pela Amarn durante este período, como a aquisição de sede própria; o direito de participar e se manifestar nas sessões administrativas do TJRN que envolvessem a magistratura; a derrubada do controle de ponto dos juízes pela Corregedoria; o estabelecimento de critérios para a movimentação na carreira de magistrados para remoção, promoção e acesso ao tribunal, dando previsibilidade à carreira da magistratura; o estabelecimento de critérios objetivos para a substituição de desembargadores no TJ. Falou também da atuação da Amarn na questão remuneratória da categoria.
Em sua despedida, destacou o seu esforço para representar os juízes potiguares, “com altivez, com ética e com responsabilidade” e falou sobre o orgulho ter participado da evolução do Judiciário potiguar.
O juiz Cleofas Coelho assinalou que o presidente da Amarn se apresenta como uma das vitrines do Poder Judiciário e de fato é o legítimo representante da magistratura. “Herval tem em suas mãos uma super missão: a de unir os juízes em torno de excelentes ideias que possam mostrar a sociedade a enorme carga de responsabilidade que se debruça sobre nós e a brilhante qualidade dos profissionais que compõem o nosso Judiciário”, ressaltou.
A posse da nova diretoria da Amarn foi prestigiada por magistrados e autoridades, entre elas o governador Robinson Faria; o presidente do TJRN, desembargador Expedito Ferreira; o vice-presidente, desembargador Gilson Barbosa; a corregedora geral de Justiça, desembargara Zeneide Bezerra; o ouvidor geral, desembargador João Rebouças; o presidente da Câmara Municipal, vereador Raniere Barbosa; os desembargadores Amaury Moura e Cornélio Alves; os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Valdetário Monteiro e André Luiz Godinho; o juiz Magid Nauef Láuar, presidente da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages); e o juiz Frederico Mendes Júnior, representando a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O evento teve ainda a presença de quatro ex-presidentes da Associação dos Magistrados do RN – os juízes Mádson Ottoni, Cícero Macêdo, Carlos Maia e Azevêdo Hamilton Cartaxo, o qual concorreu nesta eleição.
